Se eu nascesse outra vêz, queria ser filha dos mesmos pais, ter os mesmos irmãos, morar na mesma casa e ter a mesma família.

Sou a décima terceira filha de uma família composta por dezesseis irmãos, nasci e vivi até os vinte quatro anos da minha vida na casa dos meus pais, junto com os meus irmãos, me separei deles, para responder o chamado de Deus dentro de um carisma. Mais o que sou devo ao testemunho dos meus pais, que viveram 56 anos o "Sacramento do Matrimônio", foram fiéis um ao outro, se amaram na saúde e na doença, na bonança e na dificuldade até a morte. Educaram todos os filhos que Deus os confiou, e o mais bonito que escutava dos meus pais e escuto até hoje da minha mãe, é que se fosse preciso passaria por tudo outra vez para cuidar de cada um de nós. Eles sempre lutaram para que não nos faltasse nada, ainda que muito simples, lembro-me das vezes que eles ficavam sem comer para que nós não passássemos fome. Mais nunca os vi tristes e nem reclamar de nada, tudo virava festa, até uma espiga e milho assado que eles repartiam em 16 pedacinhos para que cada um provasse, ou dá a melhor parte da galinha e ficar apenas com o pé ou a moela. Como diz Pe. Zezinho em uma de suas canções: Faltava tudo, mais a gente nem ligava, o importante nunca faltou, o carinho, o testemunho, o respeito. Até hoje, não tomamos decisões sem a bênção de nossa mãe, até aqueles que já são casados, moram distante e até já são avós. Por isso, nessa semana dedicada a família, encho minha boca para falar da alegria de ter nascido em lar rico das bênçãos de Deus, um lar onde no final da tarde tínhamos inúmeras histórias para ouvir e contar. Hoje procuro viver como Família Obra de Maria, o que aprendi com os meus pais. Ainda que a sua família não seja a sonhada por você, certamente é a sonhada por Deus. Reze para que não só a sua, mais todas as famílias reconheçam Jesus como seu Senhor e o mais Ele fará.

Maria Pereira
Missionária da Comunidade Obra de Maria - Mossoró - RN