sexta-feira, 31 de julho de 2009
29 mulheres mortas pela pílula do dia seguinte
ROMA, quinta-feira, 30 de julho de 2009 (ZENIT.org).- Vinte e nove mulheres morreram no mundo pelo consumo da pílula Ru486, mais conhecida como a “pílula do dia seguinte”.
Assim assegurou a subsecretária do Ministério da Saúde, Eugenia Roccella, no momento em que a Agência Italiana de Fármacos (AIFA) pretende comercializar esta pílula.
As declarações foram publicadas na edição desta quinta-feira deL’Osservatore Romano. Roncella explicou que as mortes foram causadas pelos efeitos colaterais do fármaco, confirmando um dado que começou a circular há várias semanas, ainda que originalmente foi classificado pelo respeito à intimidade.
O dado está contido na relação que a fábrica produtora da pílula, Exelgyn, enviou ao Ministério, o qual, por sua vez, o remeteu ao comitê técnico-científico da AIFA.
Este último se expressou favoravelmente sobre a comercialização da RU486.
Amanhã deverão chegar à decisão definitiva da agência, ainda que, segundo disse o subsecretário, “o intercâmbio de opiniões” entre o ministério e AIFA seguirá adiante, independentemente da decisão.
Fonte: Zenit
Julho mês da amizade
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Papa canonizará modelo para jovens
Por que ser de Deus?
Comigo não foi diferente, ao me escolher Deus me deu cem vezes mais (Irmãos, Amigos, etc), conforme prometera aos seus discípulos (E todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna. Mateus 19,29).
Dificuldades existem, mas o Senhor já nos havia alertado sobre isso: “No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo”. (João 16,13). Irmãos ser de Deus é bom demais, pois deixamos “tudo” pelo TUDO que é Deus.
Outro exemplo claro que ser de Deus trás felicidade, são os discípulos que imediatamente ao ouvir a vos de Deus, largavam tudo e o seguiam podemos perceber isso por que não existem relatos bíblicos que identifiquem os seus seguidores como pessoas infelizes.
Caros irmãos,quando Deus nos escolhe ele sabe das nossas limitações, mas mesmo assim ele se faz precisar de nossa ajuda para que outras pessoas possam conhecer um Deus Maravilhoso que só quer nos Amar e nos Fazer pessoas verdadeiramente felizes.
Vem Ser Obra de Deus, ser Obra de Maria!
Tamiris Lucena
Comunidade Obra de Maria - Missão Mossoró/RN
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Jesus era muito amigo de Marta, da sua irmã e de Lázaro» (Jo 11, 5)
Fonte: Evangelho Cotidiano
Julho mês da amizade
Aconteceu... Missa da graça em julho
A próxima missa será dai 25 de agosto e será celebrada pelo Pe. Josenilson.
Confiram as fotos:
terça-feira, 28 de julho de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
PJ em formação...
Julho mês da amizade
Aconteceu... QUINTA DE ADORAÇÃO
domingo, 26 de julho de 2009
Julho mês da amizade
Simone Weil
Bento XVI reconhece tarefa educativa dos avós
Fonte: Zenit
sábado, 25 de julho de 2009
O dom da amizade
A amizade tem grande poder de sedução e de atração pela força da afeição entre as pessoas amigas. A afeição cria vínculos, mais que o parentesco. É a afeição que proporciona o bem-estar entre os amigos, a simpatia recíproca. É sedutora a troca de atenções e bons serviços. Sem amizade a vida não é amável. Na mais profunda amizade se encontra a mais profunda doçura. Sem afeição e simpatia a vida não tem alegria, porque a afeição se traduz em benevolência, afabilidade, reciprocidade. Portanto entre pessoas de bem. Quanto mais somos generosos, bondosos, desinteressados, amorosos, mais amizades conquistamos. Eis a força do valor moral.
O amigo é como um outro de nós mesmos, uma versão exemplar de nós mesmos. A amizade torna os dutos golpes da vida mais leves e mais maravilhosos os favores da vida porque podem ser comunicados e partilhados com alguém. A amizade dá otimismo para o futuro, não permite a capitulação nem a desmoralização. Retirar a amizade da vida é como retirar o sol do mundo. Nela encontramos satisfação, descanso, conselhos, partilha. Nada esposa melhor todos os momentos da vida que a amizade. Por isso deve ser preferida a todos os bens da terra, porque é prestativa, respeitosa, fiel.
O maior flagelo da amizade é a bajulação, a adulação, a complacência fácil. É preciso distinguir o amigo do bajulador. É erro pernicioso imaginar que na amizade as portas estão abertas a todos os abusos. Somos obrigados a fazer advertências e até repreensões aos amigos, embora com cortesia e sem adulação. A amizade é para a gente crescer no bem e não para a cumplicidade nos vícios. A verdadeira amizade controla a paixão. É sórdido preferir dinheiro, honrarias, prestigio no lugar da amizade. Aqui a amizade vira ódio. Nada mais desastrosos que o atrativo lucro, da concorrência, da cumplicidade. É lei da amizade nada pedir de vergonhoso aos amigos, querer que eles saciem nossas paixões, sejam cúmplices de uma injustiça. Isso faz perecer a afeição e engendra ódios eternos.
Pela amizade os ausentes estão presentes no afeto, os indigentes são ricos, os fracos são cheio de força, os mortos estão vivos na lembrança. Sem amizade nenhuma casa fica de pé, nenhuma cidade subsiste, a vida na terra é insuportável, porque ela é um sentimento de amor verdadeiro e espontâneo, que ameniza o convívio. Sem amizade a vida se esvazia. O amigo é um tesouro.
A amizade fiel é um refúgio seguro e não tem preço que pague. É um tesouro inestimável e dom de Deus. Deus cria os amigos, leva o amigo ao amigo. Sem amigos somos como estrangeiros, com os amigos nos sentimos em casa. Com um amigo ao lado nenhum caminho é longo. Na verdade o amigo é um escudo contra emoções negativas, é como asa que nos eleva acima do pó da terra. O amigo é a visibilidade e o sacramento de amor de Deus. É como sol que ilumina a vida.
A amizade é feita de gratuidade e não de gratificações. Quanto mais gratuidade, mais felicidade. A amizade requer fidelidade e portanto sempre a verdade. Onde entra a falsidade morre a amizade. A harmonia de visão, a vontade do bem do outro e o afeto são três componentes essenciais da amizade. Nossa pátria é lá onde encontramos amigos. O amor de amizade é profundo, intenso, personalizado, aberto, livre.
Dom Orlando bandes
CNBB
Seminário em Brasília refletirá sobre Novas Comunidades Católicas
As Comissões Episcopais para o Laicato e para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB, em parceria com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), realizará, dias 20 a 22 de agosto, um seminário sobre as Novas Comunidades Católicas. O evento será em Brasília.
“O objetivo deste Seminário é propiciar uma primeira reflexão sobre a realidade plural e complexa das Novas Comunidades Católicas e de sua relação com a caminhada pastoral da Igreja no Brasil”, diz a carta convocatória assinada por dom José Luiz Bertanha e dom Esmeraldo Barreto de Farias, presidentes das Comissões Episcopais promotoras do Seminário. “Há uma necessidade de conhecer melhor esta nova realidade eclesial que vem se desenvolvendo aceleradamente nos últimos 20 anos no Brasil e as implicações sociológicas, psicológicas, teológicas e pastorais destas nas atividades diocesanas e de sua relação com a CNBB”, completam.
PROGRAMAÇÃO
20/08/2009 (5ª Feira)
14:00 Oração
14:30 Apresentação dos participantes
15:00 Fala inicial dos Bispos Presidentes das Comissões Episcopal de Pastoral
para o Laicato e para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB
15:30 Conferência: Novos Movimentos Religiosos no Brasil – Prof. Silas Guerriero (PUC‐SP)
16:30 Intervalo
17:00 Conferência: Neo‐Pentecostalismo e Novas Comunidades – Profª Brenda Carranza (PUCCAMP)
18: 30 Jantar
20:00 Painel e Debate com Profª Brenda Carranza e Prof. Silas Guerriero
22:00 Encerramento
21/08/2009 (6ª Feira)
07:30 Missa
08:30 Café da Manhã
09:00 Conferência: Aspectos Psicológicos das Novas Comunidades – Profª Kátia
Medeiros (Doutoranda em Psicologia pela UFRJ)
10:00 Intervalo
10:30 Debate/Grupos de Trabalho/Plenário
12:00 Almoço
14:00 Conferência: Implicações Teológico ‐ Pastorais das Novas Comunidades –
Prof. Pe. Márcio Fabri dos Anjos (Membro da Equipe Teológica da CRB)
15:30 Intervalo
16:00 Continuação dos Trabalhos
18:00 Jantar
20:00 Confraternização
22/08/2009 (Sábado)
07:30 Missa
08:30 Café
9:00 Trabalhos – Encaminhamentos na busca do diálogo com as Novas Comunidades e sobre a continuidade da reflexão entre as duas Comissões.
10:30 Intervalo
11:00 Trabalhos
12:00 Encerramento/Almoço
Sugestões para leitura:
CARRANZA, Brenda; MARIZ, Cecília; CAMURÇA, Marcelo (Org.). Novas Comunidades Católicas – em busca de espaço pós‐moderno. Aparecida‐SP: Idéias
& Letras, 2009. Especialmente os capítulos 1, 2 e 6.
GUERRIERO, Silas. Novos movimentos religiosos: o quadro brasileiro. São Paulo:
Paulinas, 2006. (Coleção temas do ensino religioso).
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Domingo 26: Dia dos Avós
Fonte: Zenit.org
Julho mês da amizade
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Vicentinos festejam os 25 anos de presença no Nordeste
O superior geral da Congregação, padre Philippe Mura, chega a São Gonçalo do Amarante no dia 29 de julho para participar das comemorações. Além dele, também confirmou presença o provincial, padre José Gilmar Moreira, além de 20 religiosos da Congregação, residentes em São Paulo.
No dia primeiro de agosto, as comemorações começarão com missa em ação de graças, às 11 horas, na Matriz de São Gonçalo, contando com a presença de pessoas da "família Leprevociana", de Fortaleza-CE, onde a Congregação mantém uma casa.
No mesmo dia, às 14 horas, haverá um encontro no Teatro Municipal Poti Cavalcante, também em São Gonçalo. Na ocasião, cada comunidade que atua no Nordeste (Recife-PE, João Pessoa-PB e São Gonçalo do Amarante-RN) apresentará o trabalho que realiza. À noite, haverá uma parte cultural, com apresentações de danças e comidas típicas de cada lugar.
As comemorações serão encerradas no dia 2, com uma missa em ação de graças, às 11 horas, na Matriz de São Gonçalo, com a presença de todos os visitantes.
A Congregação dos Religiosos de São Vicente de Paulo nasceu na França, em 1845, por iniciativa de um jovem leigo, chamado Jean-Léon Le Prevost e dois companheiros: Clemente Myionnet e Maurício Megnen. O que inspirou os fundadores foi o sofrimento de muitos pobres, naquela época. O fundador tinha São Vicente de Paulo como um exemplo de caridade e vivência do evangelho e, por isso, decidiu dar à Congregação o nome do Santo.
A providência divina
O amor de Deus é um amor pelo mundo que Ele mesmo criou e quer sua continuação e construção. Deus tem projeto e intenções para com a história e o mundo. Ele dá o rumo, a direção, a meta para o mundo e como Pai cuida e sustenta suas criaturas e seus filhos. A Providência Divina é uma atividade permanente de Deus, um cuidado permanente. Ele cria e recria, dirige tudo à plenitude, não está longe de nós, nem é mero expectador dos acontecimentos. Ele se auto limita para poder adaptar-se ao nosso ritmo e assim permitir que as limitações das criaturas, a lei natural, e a liberdade humana sigam seus caminhos. Deus segura a manutenção do mundo. Eis a fé cristã na Divina Providência.
Deus age através da inteligência e da liberdade humana. Ele não age sozinho. Quer a nossa colaboração, age e trabalha nas criaturas, numa admirável sinergia entre o Criador e a criatura. Os homens constroem a história com as intenções e a graça de Deus. Não há concorrência, há colaboração. Somos co-criadores do Criador. Deus confia no homem, quer sua participação, colaboração e ação. Quando a liberdade humana erra, sai do rumo, a Providência corrige a rota com a misericórdia e a inspiração do Espírito. Sempre podemos ter esperança numa situação desesperadora. Do mal Deus pode tirar o bem. O amor providencial perdoa, corrige, refaz e recria o que foi desviado ou destruído. Deus não age sozinho, nem o homem é a única providência. Pelo contrário o homem é portador da Providencia Divina, na sua capacidade e previsão e prevenção com o auxilio da graça. Se não cremos na Providência caímos nas garras da fatalidade, do destino, do acaso, da sorte ou do azar, dos astros e dos espíritos. Deus não é uma energia cósmica universal sem rosto. Deus é alguém, um Tu, uma consciência, Deus é Pai que sofre com os sofrimentos de seus filhos e carrega seus fardos.
A oração de súplica é uma atitude de fé na Providência Divina que tudo conduz para a participação de sua glória. Todas as criaturas farão parte do novo céu e da nova terra. Que bom ter fé e saber que há sentido, há rumo, há futuro. Estamos livres do absurdo porque cremos no Absoluto. A fé na Providência Divina nos livra das preocupações , dos medos e inseguranças. Tudo concorre para o nosso bem. Deus age em nossas vidas como amigo, companheiro, parceiro, torcedor e guia. Quem crê na Providência livra-se da magia, da astrologia, do destino cego. A mão do Senhor nos conduz e faz prodígios, portentos e maravilhas em nossas vidas. Na luz da Providência tudo tem sentido e meta. Nada é por acaso.
A melhor atitude diante da Providência Divina é a colaboração de nossa parte. Rezar como se tudo dependesse de Deus, e trabalhar como se tudo dependesse de nós. Outra atitude sábia é a da confiança, do saber abandonar-se na bondade, sabedoria e onipotência de Deus. Fazer tudo para mudar o que é possível ser mudado e aceitar tudo o que não pode mais ser mudado, eis a espiritualidade do abandono, da confiança, da entrega de si nas mãos do Bom Pastor, o Deus da vida.
Julho mês da amizade
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Brasil: Renúncia do bispo de Coari
O prelado tem 55 anos e estava na prelazia desde 2006, e Bento XVI ainda não nomeou seu sucessor.
Fonte: Zenit
Julho mês da amizade
22 de julho dia de Santa Maria Madalena
terça-feira, 21 de julho de 2009
As Quinze Promessas do Rosário
2.Prometo minha especialíssima proteção e grandes benefícios aos que devotamente rezem meu Rosário.
3. O Rosário será um fortíssimo escudo de defesa contra o inferno, destruirá os vícios, livrará dos pecados e exterminará as heresias.
4. O Rosário fará germinar as virtudes este também fará que seus devotos obtenham tudo da misericórdia divina; substituirá no coração dos homens o amor do mundo pelo amor por Deus e os elevará a desejar as coisas celestiais e eternas.
Quantas almas por este meio se santificarão !.
5. A alma que se encomende pelo Rosário não perecerão.
6. Aquele que com devoção rezar meu Rosário, considerando os mistérios, não se verá oprimido pela desgraça, nem morrerá morte desgraçada; se converterá, se é pecador; perseverará nas graças, se é justo, e em todo caso será admitido na vida eterna.
7. Os verdadeiros devotos de meu Rosário não morrerão sem auxílios da Igreja.
8. Quero que todos os devotos de meu Rosário tenha em vida e em morte a luz e a plenitude da graça, e sejam participantes dos méritos dos bem-aventurados.
9. Livrarei de pronto do purgatório as almas devotas do Rosário.
10. Os Filhos verdadeiros de meu Rosário desfrutarão no Céu uma Glória singular.
11. Todo o que se pedir por meio do Rosário se alcançará prontamente.
12. Socorrerei em todas as suas necessidades aos que propaguem meu Rosário.
13. Todos os que rezarem o Rosário terão por irmãos na vida e na morte a os bem-aventurados do Céu.
14. Os que rezam meu Rosário são todos filhos meus muito amados e irmãos de meu Unigênito Jesus.
15. A devoção ao Santo Rosário é um sinal de predestinação a Glória.
Todo aquele que fizer a vontade de Meu Pai que está no Céu, esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Papa agradece pela simpatia recebida após seu acidente
Fonte: Zenit
Julho mês da amizade
O medo do desconhecido em nós
Dom Anuar Battisti
Fonte CNBB
domingo, 19 de julho de 2009
Celibato dos padres: repressão, egoísmo ou amor?
Ao comentar a palavra de Jesus – «há pessoas que não casam pelo Reino de Deus» (Mt 19,12) –, Lutero afirma que «elas existem, mas são raras. Ninguém deve tomar a iniciativa de seguir por este caminho, senão unicamente por um chamado especial de Deus, ou seja, que sinta a graça de Deus tão forte dentro de si, que o mandamento “crescei e multiplicai-vos” não lhe diga respeito». Contudo, depois de ter feito a experiência do casamento, Lutero percebeu que, se não houver uma maturidade humana e cristã, ele não resolve nenhum dos problemas afetivos e sexuais que inquietam as pessoas, tanto que muitas delas casam e descasam sem nunca encontrar a solução das angústias existenciais que as atormentam: «A vida matrimonial não é assunto para brincadeira ou curiosidade atrevida, mas algo excelente e matéria de divina seriedade. O casal precisa conviver em amor e concórdia, para que um queira o outro de coração e com fidelidade integral. Onde houver esse cuidado, a castidade será espontânea, e não uma obrigação imposta». Podemos concordar ou discordar de muitas das afirmações do líder da Reforma, menos de uma delas, inculcada desde as primeiras páginas da Bíblia: «Não é bom que o ser humano fique sozinho» (Gn 2,18). Mas, será que esta palavra de Deus se refere sempre, ou somente, ao cônjuge? Há casados que se sentem sozinhos, na mais profunda solidão... De outro lado, são milhões as pessoas que se realizaram plenamente no celibato. A resposta é outra: quem realiza o homem, criado à imagem de um Deus que é comunhão, é sempre e somente o amor. Quanto mais ele for verdadeiro, maior a realização humana. Se os laços do sangue não são sempre suficientes para garantir e perpetuar essa união, muito menos o serão o instinto sexual e a carência afetiva. É o que pensa também o Papa Bento XVI: para não se identificar com repressão e egoísmo, o celibato precisa ser alimentado por um amor sem medidas: «O sacerdote deve conhecer verdadeiramente Deus a partir de dentro e, assim, levá-lo aos homens. Este é o serviço prioritário que a humanidade atual busca e precisa. Se se perde esta centralidade de Deus na vida sacerdotal, esvazia-se pouco a pouco também o zelo pela missão. No excesso das coisas externas, falta o centro que dá sentido a tudo e o reconduz à unidade. O celibato pode ser compreendido e vivido só por essa orientação de fundo. As razões pragmáticas, a referência à maior disponibilidade, não são suficientes. Esta maior disponibilidade de tempo poderia facilmente tornar-se uma forma de egoísmo, que se poupa aos sacrifícios e às fadigas exigidas pelo aceitar-se e suportar-se reciprocamente no matrimônio; poderia até levar a um empobrecimento espiritual, a uma dureza do coração. O verdadeiro fundamento do celibato está contido apenas na frase: Tu, Senhor, és a minha herança e a minha taça (Sl 16, 5)». Como se percebe, para Lutero e Bento XVI o celibato é feito para quem consegue dizer com o coração: «Deus me basta para ser feliz!». Ambos fundamentam suas palavras na doutrina de São Paulo, para quem a única razão do celibato é a «dedicação integral ao Senhor, sem outras distrações» (1Cor 7,35). Mas isso só acontece quando se busca um conhecimento vital de Deus – e não apenas teórico e abstrato –, a exemplo de Jó, que repetia, depois de longos anos de sofrimento: «Antes, eu conhecia o Senhor apenas por ouvir dizer. Agora, porém, o vejo com meus próprios olhos» (Jó 42,5). Se faltar este contato íntimo com o Senhor, é mais prudente seguir o conselho de São Paulo: «Se não consegues conter-te, casa, pois é melhor casar do que queimar» (1Cor 7,9). Em todo o caso, o amor a Deus e aos irmãos deve ser, no mínimo, tão forte quanto são as exigências da carne e as tentações da sociedade atual – umas e outras cada dia mais acentuadas e sorrateiras. Foi essa realidade que levou o cardeal Carlos Maria Martini, arcebispo emérito de Milão, a afirmar com a sabedoria que a experiência lhe concedeu: «Esta forma de vida é muito exigente; ela pressupõe profunda religiosidade, uma vida comunitária sadia, uma personalidade forte e, sobretudo, vocação ao celibato».
Dom Redovino Pizzardo
Fonte CNBB