quinta-feira, 2 de julho de 2009

Avanços no processo de beatificação de João Paulo II

Comissão de teólogos já se pronunciou sobre os documentos e testemunhos recolhidos pela postulação da causa

O processo de beatificação do João Paulo II, falecido a 2 de Abril de 2005, conheceu um novo avanço com a aprovação da chamada "Positio super virtutibus' (posição sobre as virtudes do fiel), por parte dos consultores teólogos da Congregação para as causas dos Santos (CCS).
Segundo a imprensa italiana, após a segunda reunião desta comissão de teólogos, a documentação entregue após o final da fase diocesana do processo, em 2007, foi alvo de um parecer positivo da maioria dos seus membros. Segundo o jornal italiano "Il Giornale", os dois votos contrários à carta não se referem à santidade de João Paulo II, mas a aspectos processuais.
A Positio reúne todos os dados e testemunhos recolhidos durante a fase diocesana, que corresponde à primeira etapa do processo de beatificação. Trata-se de um volume com cerca de duas mil páginas.
O documento passa agora ao juízo da "sessão ordinária dos Cardeais e dos Bispos" da CCS, antes de chegar ao Papa, que tomará uma decisão a respeito do decreto de venerabilidade, último grau antes da beatificação.
Além deste processo, será necessário ainda esperar pelo parecer dos especialistas no que diz respeito ao caso miraculoso, necessário para a beatificação, neste caso relativo à cura de uma religiosa francesa, afectada pela Doença de Parkinson.
Bento XVI anunciou no dia 13 de Maio de 2005, 42 dias após a morte de João Paulo II, o início imediato do processo de canonização de Karol Wojtyla, dispensando o prazo canónico de cinco anos para a promoção da causa. No dia 8 de Abril desse ano, por ocasião da Missa exequial de João Paulo II, a multidão exclamou por diversas vezes "santo subito".
Recorde-se que, num caso semelhante, o de Madre Teresa de Calcutá, a beatificação aconteceu em 2003, seis anos após a sua morte.´

Estátua na Clínica Gemelli
Ainda a respeito de João Paulo II, foi inaugura esta Terça-feira, na Clínica Gemelli de Roma, uma estátua com o título "Não tenhais medo". A nova escultura foi abençoada pelo Cardeal Stanislaw Dziwisz, arcebispo de Cracóvia e secretário particular de Karol Wojtyla durante várias décadas.
A Gemelli foi o primeiro lugar que João Paulo II visitou como Papa, fora dos muros do Vaticano, a 18 de Outubro de 1978, apenas dois dias depois da sua eleição, como recordou o Cardeal Dziwisz.
João Paulo II foi internado na Gemelli em nove ocasiões: a primeira, a 13 de Maio de 1981, após o atentado sofrido na Praça de São Pedro; a última, em Março de 2005, pouco tempo antes da sua morte. Ali passou um total de 153 dias e 152 noites, chegando mesmo a classificar o local, em tom de brincadeira, como o "Vaticano 3".

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