quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ser de Deus: um grande desafio para o jovem hoje

Diante das condições em que vivemos hoje no mundo, numa realidade em que tudo que é contrário à proposta de vida cristã, é mais chamativo e sedutor para jovem, fica cada vez mais difícil para a juventude compreender e corresponder ao chamado de Deus.

Hoje temos a internet e diversos meios de comunicação que são muito bons para quem sabe usar, mas que também pode destruir a vida de um jovem, marcando profundamente em áreas que estão em desenvolvimento como a sexualidade, ente outras. Hoje existe as Lan-house que muitas vezes servem como alvo dos traficantes de drogas para espalhar o vício entre os jovens, e diversas outras coisas que poderia citar, como boates entre outras. O mundo cada vez mais desenvolve a idéia de que tudo é normal e o bonito é ser diferente. Para Deus isto é mentira, o desejo de Deus é que sejamos nós, à imagem e semelhança Dele. O que o mundo faz é nos escravizar, nos afundando no pecado e nos afastando cada vez mais da nossa essência que é o Senhor.

É devido a esta realidade que quero através desta matéria levar você jovem a refletir sobre sua vocação, Deus tem um chamado para cada pessoa, e convido você neste momento refletir sobre qual chamado Deus tem para você... Com certeza Deus não escolheu para mim e para você uma vida de dependência das coisas do mundo, mas sim um vida livre Nele. A medida que optamos pelo Senhor nos tornamos livre e ganhamos a liberdade de sermos chamados filho de Deus.

A alguns Deus chama para a vida civil, tendo a vocação de construir na sociedade o seu espaço através de sua profissão, a outros Deus chama a viver uma vida religiosa dedicando-se inteiramente a Ele através de serviço a Igreja. Qual a sua vocação? Para onde que achas que Deus te chama? A resposta você encontrará apenas quando fizeres um caminho que te levará a um autoconhecimento. Para um passo consciente e maduro, se faz necessário acima de tudo sabedoria.

Hoje na Comunidade Obra de Maria temos uma equipe vocacional que ajuda aos jovens que desejam ser Obra de Maria a discernirem melhor sobre este passo que eles querem dar para vida comunitária, através do processo de acompanhamento vocacional. Se você deseja dar este passo e sente-se convidado por Deus a querer conhecer melhor o nosso carisma que é “Servir ao Senhor de todas as formas com alegria”, entre em contato conosco através do e-mail abaixo, e logo em seguida um acompanhador vocacional poderá te ajudar nesta caminhada com Deus.

Em Mateus 4, 19-20, podemos perceber que quando Jesus chamou aos discípulos, radicalmente eles deixaram tudo e o seguiram, este convite para fazer o acompanhamento vocacional também é uma oportunidade de conheceres melhor a qual chamado Deus tem para ti, mesmo mediante a realidade que o mundo tem, que é a de sufocar em nós o chamado de Deus. E possibilitar a você criar coragem e assumir sua vocação.

Deus te abençoe...

Em Deus, Phillipe de Lima

terça-feira, 29 de junho de 2010

Bento XVI entrega Pálio a 38 arcebispos

Na manhã desta terça-feira, 29, o papa Bento XVI celebrou, na Basílica de São Pedro, a solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo. Também na celebração, o pontífice fez a imposição do Pálio [estola de lã que representa o símbolo do pastor] a 38 arcebispos metropolitanos, incluindo dois brasileiros, o arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa; e o arcebispo de Recife e Olinda (PE), dom Antônio Fernando Saburido.

O tema da celebração solene foi “Liberdade da Igreja”, contida em toda a liturgia da Palavra de hoje. O papa comentou as leituras do dia e descreveu as provações físicas e espirituais sofridas por Pedro e Paulo e a ação libertadora de Deus, que os conduziu às portas do Céu. Na primeira leitura, é narrado um episódio específico que mostra a intervenção do Senhor para libertar Pedro da prisão; na segunda, Paulo diz-se convencido de que o Senhor, que já o salvou da "boca do leão", o libertará "de todo o mal".

foto_04A experiência dos dois Apóstolos é significativa hoje para a Igreja, notou Bento XVI. Analisando os dois milênios de sua história, observa-se que, como tinha preanunciado Jesus, jamais faltaram provações aos cristãos, que em alguns períodos e lugares assumiram o caráter de verdadeiras perseguições.

Todavia, advertiu o papa, as perseguições não constituem o perigo mais grave para a Igreja. O dano maior é representado pela contaminação da fé e da vida cristã de seus membros e de sua comunidade, ferindo a integridade do Corpo místico, enfraquecendo a sua capacidade de profecia e de testemunho e ofuscando a beleza de seu rosto.

foto_01Esta realidade é descrita nas cartas paulinas, que narram problemas de divisões, de incoerências e de infidelidades ao Evangelho que ameaçam seriamente a Igreja. Em meio aos perigos, Paulo confortava os fiéis: os homens que realizam o mal "não irão muito longe, porque a própria estupidez será manifestada a todos".

Há então uma garantia de liberdade assegurada por Deus à Igreja, liberdade seja dos laços materiais, que buscam impedir ou coagir a sua missão, seja dos males espirituais e morais, que podem ferir sua autenticidade e credibilidade.

foto_02Sobre o Pálio, Bento XVI destacou que se trata de “um penhor de liberdade, analogamente ao 'jugo' de Jesus, que Ele convida a tomar cada um sobre os próprios ombros." Segundo o pontífice, a comunhão com Pedro e seus sucessores é uma garantia de liberdade para os pastores da Igreja e para as próprias comunidades a eles confiadas. A comunhão com a Sé Apostólica assegura às Igrejas particulares e às Conferências Episcopais a liberdade no que diz respeito a poderes locais, nacionais e internacionais, que podem em alguns casos impedir sua missão por motivos políticos ou ideológicos.

CNBB com RV

Hoje tem Missa da Graça em Mossoró -RN

Realizada todos os meses no colégio das irmãs a Missa da Graça acontecerá hoje as 18:30h e será celebrada pelo Pe. Vandilson.

Participe!

Venha rezar conosco!
Informações: 84 3314 0107

S. Paulo, apóstolo

Judeu, da tribo de Benjamim, originário de Tarso, chamava-se Saulo. Converteu-se ao cristianismo e tornou-se o grande e insuperável missionário, o apóstolo dos gentios. Foi ele quem lançou as bases da evangelização no mundo helénico, fundando numerosas comunidades e percorrendo toda a Ásia Menor, a Grécia e Roma, anunciando o Evangelho de Jesus Cristo crucificado, morto e ressuscitado pelo poder de Deus.

São Paulo foi o primeiro a elaborar uma teologia cristã. Ao lado dos Evangelhos, as suas epístolas são as fontes de todo o pensamento e de toda a vida mística cristã. Isto coloca-o num lugar de destaque entre os maiores pensadores da história do cristianismo.

São Paulo era um homem de fortes paixões e de grande poder de liderança e de organização. É a figura mais cosmopolita de toda a Bíblia. Segundo os estudiosos, Paulo era um homem da cidade, e em nenhum lugar de seus escritos mostra qualquer mentalidade ou interesse pela vida rural ou pela vila.

Nunca houve conversão mais ruidosa do que a sua, tão pouco houve mais sincera, pois o mais furioso perseguidor de Jesus Cristo passou, de repente, a ser um dos seus mais fervorosos apóstolos.

S. Pedro, apóstolo

Comemoramos hoje o dia dedicado ao príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa da Igreja, São Pedro. Esta festa foi instituída por volta do século IV, antes mesmo de ser definida a data actual da festa do Natal.

Ele era um pescador e o seu nome originalmente era Simão, filho de Jonas e irmão de André. Mas Jesus mudou-lhe o nome para Pedro que significa pedra, pois ele seria a rocha forte sobre a qual Jesus edificaria a sua Igreja. Por isso comprovadamente ele foi o primeiro Papa da Igreja Católica Apostólica Romana.

Uma parte importante da sua vida está documentada nos Evangelhos e nos Actos do Apóstolos; sobre a sua vida em Roma existem muitas e belas narrativas passadas de geração em geração, algumas delas contadas em diferentes romances inspirados nos primeiros tempos da Igreja.

Morreu crucificado como Jesus, mas de cabeça para baixo, pois não se achava digno de morrer de maneira igual ao mestre.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Evangelizar: O que significa?

Qual é, afinal, a razão de existir da Igreja de Cristo? Ela existe para evangelizar, disse o papa Paulo VI na Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi, depois do Sínodo sobre a evangelização, em 1974. Esta é a sua missão. É isso que Jesus pediu aos apóstolos, quando os enviou a todos os povos e a toda criatura: “ide... proclamai o Evangelho”.

E essa missão, realizada por toda a comunidade daqueles que Jesus Cristo reuniu, santificou e enviou, tem basicamente 4 aspectos complementares, como recordam as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, da CNBB: O serviço ao próximo em nome de Cristo; o diálogo com todos, para a aproximação respeitosa, a busca da verdade e a promoção da convivência fraterna; o anúncio explícito da Palavra de Deus; o testemunho de comunhão, para manifestar a vida nova do Evangelho.

A reflexão sobre a missão fundamental da Igreja, que envolve todos os seus membros, é sempre importante para manter clara a consciência daquilo que somos, como cristãos e como membros da Igreja: Evangelizadores. Ou então, como se disse na Conferência de Aparecida: Discípulos missionários de Jesus Cristo. A Igreja existe para a missão; ela se congrega em torno de Cristo e recebe dele os dons da salvação para se lançar para o meio do mundo, para ir ao encontro dos povos e, com eles, compartilhar os dons da salvação que lhe fora confiados. E a todos ela deve anunciar que o Reino de Deus está já chegou, acolhendo, ela própria, esta Boa Notícia com alegria e dando testemunho das realidades do Reino de Deus.

A Conferência de Aparecida convoca cada comunidade e a todos nós, batizados, a realizarmos um processo de “conversão pastoral”, passando de uma pastoral de conservação para uma pastoral decididamente missionária. Isso significa que não devemos contentar-nos em ter encontrado, para nós, a alegria da fé e a beleza da vida cristã, mas que devemos ter o desejo e a preocupação de compartilhar isso com os outros: É bom sermos cristãos católicos! E será bom também para os outros! O chamado a ser evangelizadores vale para todos os batizados: Para os leigos, os consagrados à Vida Religiosa e para os ministros ordenados, que têm a especial missão de formar, animar e conduzir toda a sua comunidade na missão evangelizadora.

O processo da evangelização pode ser resumido em três passos essenciais: Encontrar Jesus Cristo; seguir Jesus no caminho; anunciar Jesus aos outros. A vida cristã começa com o encontro com Cristo; normalmente, alguém ajuda para que isso aconteça, leva ao encontro com Cristo, aponta para Ele e abre indica o caminho para que leva a Ele. Será sempre alguém que já O conhece e está entusiasmado por Ele, sendo capaz de interessar outros também, dizendo e testemunhando: “encontramos o Messias!” Ou então: “vem e vê! Só Ele tem palavras de vida eterna!” Ou ainda: “Ele é o caminho, a verdade e a vida!” O encontro com Jesus é proporcionado de muitas maneiras e representa, no itinerário da evangelização, a iniciação à vida cristã e a descoberta da fé e da vida eclesial. Aqui têm papel importante os pais, os catequistas, os colegas, os testemunhas... E o Espírito Santo não deixa de fazer a parte dele.

O segundo passo é o seguimento de Jesus. A vida cristã não é apenas conhecimento, mas adesão à pessoa de Cristo e, por meio dele, adesão a Deus, no dom do Espírito Santo. Seguir a Cristo pelo caminho é a prática da vida cristã, da vida moral coerente com o Evangelho e o cultivo da amizade e da comunhão com Deus. O terceiro passo do processo de evangelização é a proclamação de Jesus Cristo, de muitos modos. O cristão só é maduro e adulto, como discípulo de Cristo, quando se coloca a serviço do anúncio da Boa Nova para os outros. De muitos modos, como acima foi dito.

Card. Odilo Pedro Scherer

Mestre, seguir-Te-ei para onde quer que fores

Bem aventurada a pobreza, que prodigaliza riquezas eternas aos que a amam e abraçam! Santa pobreza – aos que a possuem e desejam, Deus promete certamente o Reino dos céus e dá a glória eterna e uma vida feliz. Querida pobreza, que o Senhor Jesus Cristo preferiu a qualquer outra coisa, Ele que reinava e que reina sobre o céu e a terra, «Ele disse e tudo foi feito» (Sl 32, 9). Efectivamente, Ele disse: «As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos, mas o Filho do Homem [ou seja, Cristo] não tem onde reclinar a cabeça.» Por fim, quando reclinou a Sua cabeça [sobre a cruz], entregou o espírito (Jo 19, 30).

Dado que tão grande Senhor quis descer ao seio da Virgem, dado que quis aparecer ao mundo desprezado, indigente e pobre para que os homens, indigentes, pobres e esfomeados de alimento celestial, com Ele se tornassem ricos entrando na posse do Reino dos céus, exultai de alegria. Congratulai-vos com grande felicidade e alegria espiritual. Se preferis o despeito às honras, e a pobreza às riquezas deste mundo, se confiais os vossos tesouros não à terra mas ao céu, «onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam» (Mt 6, 20), «grande será a vossa recompensa no Céu» (Mt 5, 12).

Santa Clara (1193-1252), monja franciscana

Deus preenche plenamente o coração humano, afirma Papa

Bento XVI convidou os fiéis hoje a dirigirem o olhar ao Sagrado Coração de Jesus, para estarem dispostos a um seguimento radical do Senhor.

Ao rezar, ao meio-dia, a oração do Ângelus junto a milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro neste último domingo do mês de junho, o Papa retomou o tema do chamado de Cristo e de suas exigências.

"Hoje, eu gostaria de convidar todos vós a contemplar o mistério do Coração divino-humano do Senhor Jesus, para extrair água da própria fonte do amor de Deus", disse.

"Quem fixa seu olhar nesse Coração atravessado e sempre aberto por amor a nós, sente a verdade desta invocação: ‘Ó Senhor, sois minha herança e minha taça', e está pronto para deixar tudo por seguir o Senhor", acrescentou.

O Pontífice destacou que "um jovem ou uma moça que deixa sua família de origem, os estudos ou o trabalho para se consagrar a Deus" é "um exemplo vivo de resposta radical à vocação divina".

E garantiu que "esta é uma das experiências mais belas que existem na Igreja: ver, tocar com a mão a ação do Senhor na vida das pessoas; experimentar que Deus não é uma entidade abstrata, mas uma Realidade tão grande e forte como para preencher de uma maneira superabundante o coração do homem; uma Pessoa viva e próxima, que nos ama e pede ser amada".

Também se referiu à "novidade e a prioridade absoluta do Reino de Deus que se faz presente na própria Pessoa de Jesus Cristo" e à "radicalidade que é devida ao amor de Deus, ao qual Jesus mesmo por primeiro obedece".

Bento XVI continuou falando do seguimento radical da vocação divina indicando que "quem renuncia a tudo, inclusive a si mesmo, para seguir Jesus, entra em uma nova dimensão da liberdade".

"Liberdade e amor coincidem! Ao contrário, obedecer ao próprio egoísmo conduz a rivalidades e conflitos", concluiu.

domingo, 27 de junho de 2010

Dia do papa


No dia 29 de junho, a Igreja celebra a festa de São Pedro, o apóstolo que Jesus escolheu para ser o chefe dos apóstolos, como se lê não só no Evangelho de São Mateus (16, 18), mas também em São João (21, 16-18). Através da imagem das chaves Cristo prometeu-lhe a chefia da cidade e entregou-lhe o rebanho todo. Por ser a festa de São Pedro, é o dia do papa, que é seu sucessor.

O atual é Bento XVI. Neste dia todos os católicos do mundo rezamos por ele, pedindo ao Senhor que as luzes do Espírito Santo o iluminem e o fortifiquem para o bem da Igreja.

O poder do Papa na Igreja não é de um soberano absoluto, cujo querer é lei. Mas sua missão é por-se a serviço da palavra de Deus e fazer que esta palavra de Deus esteja no coração de todos. É pois Ele que ilumina os passos da humanidade e aponta os caminhos do Evangelho em nome de Jesus Cristo.

Por ser criatura humana, carrega em si, não obstante a excelsitude de seu cargo e de sua missão, as qualidades e limitações da natureza humana. Daí as diferenças pessoais dos Papas. Para os que temos fé, sabemos ver nos Papas, que a história nos retrata, tanto a autoridade suprema em nome de Jesus, como as diferenças pessoais de cultura, de psicologia, de origem e de formação.

No Papa atual Bento XVI, temos de reconhecer sua invejável cultura teológica, doutor que é em teologia. Sua tese de doutorado foi sobre a teologia de Santo Agostinho.

Além do preparo inrtelectual no campo da teologia, Bento XVI é “expert” na arte musical. Pianista, levou para seus aposentos o piano, que possuia quando cardeal. Isto se deve ao ambiente musical de seu lar e da sua família. Hoje, nas poucas horas vagas do seu dia, consegue deslisar os dedos ageis na sonora brancura do teclado. E sua preferência é por Mozart. Ele mesmo recorda que, “na sua paróquia de origem, quando nos dias de festa, tocavam uma Missa de Mozart, para mim era como se estivessem abertos os céus”.

Homem muito discreto, vive no silêncio de seu palácio, de modo que pouco ou quase nada se sabe de sua vida pessoal. Apenas, por indiscrição de um cardeal, com quem almoçava às vezes, antes de ser papa, sabe-se que aprecia doce e chocolate. Sem dúvida um bom gosto...

Sabe-se por confidência dele mesmo, que no seminário, quando jovem, sua “verdadeira tortura” era a hora do esporte, por não se sentir dotado para o exercício físico.

Estas pinceladas, que tentam mostrar a personalidade do nosso atual Pontífice, têm a pretensão de fazê-lo mais conhecido, admirado e amado. E no seu dia, que é a festa de São Pedro, o Senhor O conserve, O faça feliz e iluminado para o bem de nossa Igreja. E sempre abençoado, como diz seu próprio nome.

Dom Benedicto de Ulhoa Vieira

sábado, 26 de junho de 2010

Programa Obra de Maria na Rural de Mossoró seu encontro marcado as 16h

Hoje no programa temos novidades!!! A entrevistada de hoje é a peregrina Valberlândia Roque que falará sobre a experiência de peregrinar com a Obra de Maria. Além da reflexão, temos a Agenda da semana, músicas e muito mais. Não perca! Radio Rural de Mossoró AM 990. Das 16:00 as 17:00hs e também pela internet www.ruraldemossoro.com.br
Twitter: twitter.com/mossorobra
Ligue e participe! 84 3314 1001
Apresentação: Cleiton Amorim

Roma e Terra Santa (17x R$ 299,00)

REALIZE SEUS SONHOS POR APENAS 17 X 299,00


VEJA ROTEIRO








Ter. 01/11/2011 - Natal /ROMA
Embarque com destino a Roma

Qua. 02/11 - Roma

Chegada, traslado ao hotel. Tarde: City tour pela Roma antiga (Coliseo, Foro Romano, Circo Massimo, Arco do Trajano, Praça Veneza). Jantar e pernoite.

Qui. 03/11 - Roma

Manhã: Visita a Basílica de São Pedro, Tarde: Visita as Basílicas Patriarcais de Santa Maria Maior e de São João de Latrão. Retorno ao hotel. Jantar e pernoite.

Sex. 04/11 - Roma / Tel Aviv / Judéia

Traslado para o aeroporto de Roma. Embarque para Tel Aviv. Chegada, recepção no aeroporto e saída para Belém. Alojamento e pernoite.

Sáb. 05/11 - Judéia

Manhã: Visitaremos o Campo dos Pastores, a Basílica da Natividade, Gruta dos Inocentes, Gruta de S. Jerônimo e a Gruta da Natividade (Presépio). Tarde: Visita ao Monte Sião, Cenáculo e à Igreja da Dormição de Maria e Muro das Lamentações. Jantar e pernoite.

Dom. 06/11 - Judéia

Manhã: Visita ao Monte das Oliveiras, Ascensão, Cidron, Igreja do Dominus Flevit, Basílica da Agonia (Getsêmani Horto dasOliveiras), Túmulo de Maria. Tarde: Visita a Igreja de Santana, Via Sacra, Santo Sepulcro, Capela da Flagelação, Capela da Condenação, à Basílica do" Ecce Homo" e Porta de Damasco. Jantar e pernoite.

Seg. 07/11 - Judéia / Galiléia

Manhã: Visita a Ein-Karem (visitação a Isabel, João Batista). Saída para a Galiléia, passando por Jericó (almoço). Visita ao Rio Jordão (Renovação das promessas do batismo). Pernoite

Ter. 08/11 - Galiléia

Ma n h ã : Monte Tabor (Basílica da Transfiguração) e Caná da Galiléia. Tarde: Visita à Basílica da Anunciação, onde Maria recebeu o anúncio do Arcanjo Gabriel, Igreja de S. José e Fonte da Virgem. Retorno ao hotel. Jantar e pernoite.

Qua. 09/11 - Galiléia / Tel-Aviv / Brasil

Manhã: Cafarnaun (Casa de S. Pedro, ruínas da antiga Sinagoga), Tabgha (Primado de Pedro e multiplicação dos pães), Travessia do Lago de Tiberíades e Monte das Bem- Aventuranças. No final da tarde, traslado ao aeroporto de Tel-Aviv. Embarque para o Brasil.

Qui. 10/11 - Natal

Chegada a NATAL Fim dos nossos serviços.


17 parcelas de R$ 299,00

+ Taxa de adesão de R$ 130,00

PROMOÇÃO POR TEMPO LIMITADO


O preço do pacote inclui:

Hospedagem em casas religiosas;

Regime pensão completa ( Café, almoço, Jantar)


Ligue agora mesmo 84 3314 5033


Mais que viagens, realizamos sonhos e encontros com Deus!


A coragem de João

Leio no Evangelho de Marcos: “João dizia a Herodes que não era lícito ter a mulher do próprio irmão” (Mc 6, 18). Qual a conseqüência? Herodes mandou degolar João!

O Batista sabia do perigo, mas arriscou a vida por uma causa nobre. Parece o eco do conselho de Deus a Josué, sucessor de Moises como guia do povo de Deus rumo à terra prometida: “Coragem e sê valente” (Js 1, 9).

Magnífico também o exemplo de Maria de Nazaré: Após o anúncio do Anjo Gabriel, “Maria se levantou e se dirigiu apressadamente à serra, a um povoado da Judéia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel” (Lc 1, 39-40). Maria superou o egoísmo e foi ajudar a prima Isabel, pois o menino João estava para nascer.

Minha avó paterna foi à roça nas montanhas, devendo atravessar um mato fechado. Eu era pequeno. Pedi à mãe licença para acompanhar a avó. A mãe achava perigoso o trecho. Minha avó respondeu: “Quando um netinho me acompanha eu me sinto forte, sem medo. Arrisco minha vida pelo pequeno”. Coragem é isto! É o contrário de covardia, de medo. Pois o medo é egoísta, paralisa a pessoa. A covardia é egoísta, pusilâmine. Já o poeta português dizia: “Tudo é grande, se a alma não é pequena”. Pusilâmine é isto: a alma pequena.

A coragem ou virtude da fortaleza, no dizer do Catecismo católico: “é a virtude moral que dá segurança nas dificuldades, firmeza e constância na procura do bem” (nº 1808).

Hilde Damin descreve a coragem como a virtude que “impede o estrangulamento da consciência”. Isto é, supera o medo, que normalmente sentimos, para agir conforme a consciência de maneira firme e inabalável.

É o contrário de alma pequena. É a pessoa de alma forte, que se esforça para agir bem e manter-se alegre. É o que Maria fez nas montanhas da Galiléia. “A minha alma engrandece ao Senhor, e se alegra o meu espírito em Deus, meu Salvador” (Lc 1, 46).

Por ocasião da festa de São João Batista, somos convidados a imitá-lo na fidelidade à missão e na coragem: “Sê forte e corajoso”. Nada de alma pequena. Renovamos, cada qual segundo sua vocação, nossa dedicação a causas nobres, pela família, pelo próximo, pela solidariedade, pela vitória do amor, pela paz, pela fé em Deus.

Dom Aloísio Sinésio Bohn

sexta-feira, 25 de junho de 2010

É fácil seguir Jesus?

A Santa Eucaristia é a celebração do serviço de Jesus pela humanidade. O início da narrativa do Evangelho do décimo terceiro domingo do Tempo Comum é uma introdução solene da viagem de Jesus a Jerusalém. É o começo da sua volta ao Pai e Ele apresenta suas condições para quem quer segui-lo.

Mas não é tão fácil e simples seguir esse Jesus que pôs o pé na estrada. Dois discípulos precisam ser “exorcizados” quanto ao preconceito racial e à intolerância religiosa. Outros são provocados a abandonar segurança, a rever prioridades e a romper laços familiares para pertencer a uma família que não se constitui a partir dos laços de sangue.

As palavras de Jesus neste Evangelho são dirigidas a todos os cristãos. Ele exige tudo de todos para sermos cristãos. Não podemos nos apegar nem a nossa alma, que é uma de nossas posses; devemos nos desapegar de tudo e segui-lo. Desde que dirijamos nossa vida para Deus, não devemos nos perturbar. É preciso vencer os prazeres carnais e conduzir nossa vida da melhor maneira, abandonando todo o resto para aquele que tem o poder de fazer tudo o que quiser.

Neste domingo, as leituras nos lançam nesse desafio que nos envolve por inteiro, exigindo de nós uma tomada de posição.

O Senhor nos conhece. Ele sabe que não nos transformamos de uma hora para outra.

Mas o nosso objetivo deve ser ir nos aperfeiçoando até chegar ao ideal cristão. Não é fácil, mas é possível. Só depende de nos tornarmos cristãos autênticos.

E, justamente porque não é fácil, é que é importante, valioso.

Somos humanos e passíveis de erros e imperfeições, mas também somos divinos, porque fomos criados à imagem e semelhança de um Deus uno e trino, que fez o Cristo se tornar humano entre nós a fim de que aprendêssemos a assumir a divindade em nosso interior.

Dom Eurico dos Santos Veloso

Obrigado Senhor, faz um ano que cheguei aqui

O Senhor fez em mim maravilhas!
Há exatamente 1 ano estou aqui na missão de Mossoró-RN e já posso ver os prodígios, os grandes feitos de Deus e as suas promessas se cumprindo. Em 25 de junho de 2009, chegava para somar na missão de Mossoró três jovens missionários vindo da casa de formação "Tamiris, Vânia e eu". Como presente de Deus, viemos morar em Mossoró - terra de gente fervorosa, povo acolhedor!Aqui é tem sido nossa primeira experiência depois da casa de formação.
1 ano se passou... entre lágrimas e sorrisos estamos aqui para testemunhar que tudo é possível ao que crer. Agradeço de coração a todos que nos acolheram e que hoje partilham sua vida conosco, aos Braços fortes e benfeitores, que acreditam no nosso trabalho e num mundo melhor, as famílias do cenáculo e aos meus irmãos de comunidade que ao longo deste ano conviveram comigo. Neste dia também, agradeço a Vânia ( Atualmente na missão de Umarizal-RN) e a Tamiris (Dom Jaime - Mossoró) pela doação e pelo sim ao carisma dia-após-dia. Felizes estamos pois grande é a obra de Deus em nós

Cleiton Amorim
Comunidade Obra de Maria
Missão Mossoró-RN

Prepare-se 02 de julho começa a blog novena de São Bento

quinta-feira, 24 de junho de 2010

"Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor!" (Sl 105,3)

Em sua história, e até os dias de hoje, os homens têm expressado de múltiplas maneiras sua busca de Deus por meio de suas crenças e de seus comportamentos religiosos (orações, sacrifícios, cultos, meditações etc.). Apesar das ambigüidades que podem comportar, estas formas de expressão são tão universais que o homem pode ser chamado de um ser religioso:

De um só (homem), Deus fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, fixando os tempos anteriormente determinados e os limites de seu hábitat. Tudo isto para que procurassem a divindade e, mesmo se às apalpadelas, se esforçassem por encontrá-la, embora Ele não esteja longe de cada um de nós. Pois nele vivemos, nos movemos e existimos (At 17,23-28).

"Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor!" (Sl 105,3). Se o homem pode esquecer ou rejeitar a Deus, este, de sua parte, não cessa de chamar todo homem a procurá-lo, para que viva e encontre a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço de sua inteligência, a retidão de sua vontade, "um coração reto", e também o testemunho dos outros, que o ensinam a procurar a Deus.

Chamados à santidade

Dias atrás encerramos o Ano Sacerdotal, que foi marcado por muitas celebrações, missas, adorações, palestras, conferências, seminários, peregrinações, horas santas. O Papa Bento XVI foi muito feliz e inspirado ao dedicar o tema do sacerdócio neste último ano por ocasião dos 150 anos de falecimento de São João Maria Vianney. Tudo o que foi celebrado e meditado levou os sacerdotes a refletirem ainda mais sobre a beleza do que é ser consagrado e o valor da sua missão. O padre possui uma grande missão em meio aos desafios dos tempos atuais: “Ser outro Cristo”. Foi também uma ótima ocasião para o nosso povo valorizar ainda mais o presbítero e rezar pelo clero e pelas vocações de especial consagração.

Assim como todo cristão é chamado a ser “outro Cristo”, muito mais ainda o sacerdote! Essa intuição não é apenas uma metáfora, mas uma maravilhosa, surpreendente e consoladora realidade. Pelo Sacramento da Ordem, o sacerdote age “in persona Christi” emprestando a Jesus Nosso Senhor a voz, as mãos e todo o seu ser, pois é Jesus quem na Santa Missa, com as palavras da consagração, muda a substância do pão e do vinho na do seu Corpo e do seu Sangue. É também o próprio Jesus quem, no Sacramento da Reconciliação, pronuncia a palavra autorizada e paterna: “Os teus pecados te são perdoados” (Mt 9, 2; Lc 5,20; 7,48; Jo 20,23). É Cristo quem fala quando o sacerdote, exercendo seu ministério em nome e no espírito da Igreja, anuncia a palavra de Deus. É também o próprio Cristo quem tem cuidado com os enfermos, com as crianças e com os pecadores quando os envolve com o amor e a solicitude pastoral dos ministros sagrados.

O sacerdote atua “na pessoa de Cristo”! Esta identificação irrepetível entre Cristo e o sacerdote, delimitando a sua identidade, fica claramente desenhada na ”Pastores dabo vobis” – “o Senhor estabelece uma estreita conexão entre o ministério confiado aos Apóstolos e a sua própria missão – ‘quem vos acolhe, acolhe-me a mim, e quem me acolhe, acolhe aquele que me enviou’ (Mt10, 4)”(cfr. PDV 14). Os sacerdotes são chamados a prolongar a presença de Cristo, o único e Sumo Pastor.

O padre é chamado a assumir sua identidade de tal maneira que, além da missão e do serviço, sua vida seja também o sinal de quem se consagrou a Deus com todo o seu ser, ou seja, o esforço da sua luta consiste em ir conseguindo, pouco a pouco, fazer transparecer o rosto de Jesus no seu semblante. A vida espiritual do padre também deve estar dirigida, toda ela, para conseguir na tela de sua existência o perfil extraordinariamente atrativo do Bom Pastor. Essa tomada de consciência e a caminhada de aprofundamento para se configurar ao Cristo Pastor trarão um júbilo inigualável, do qual emanam os dons da paz e da alegria.

Outro dado completamente associado a esta configuração a Cristo é a santidade. A santidade é o resultado do crescimento pleno da graça batismal. A santidade é a consequência ordinária do amadurecimento da vida espiritual com as consequências existenciais na vida da pessoa. A exortação apostólica “Pastores dabo vobis” nos fala que essa vocação universal para a Santidade “encontra particular aplicação no caso dos presbíteros – estes são chamados não só enquanto batizados, mas também e especialmente enquanto presbíteros, ou seja, por um título novo e de modo original, derivado do Sacramento da Ordem” (Pastores dabo vobis,19). Para o sacerdote, “uma vocação específica à santidade, mais precisamente uma vocação que se fundamenta no sacramento da ordem. Temos alguns elementos que definem o conteúdo da “especificidade” da vida espiritual dos presbíteros: a sua “consagração”, que os configura a Jesus Cristo, Cabeça e Pastor da Igreja; a sua “missão”, típica dos presbíteros, que os compromete a serem “instrumentos vivos de Cristo, eterno Sacerdote” e a agirem “em nome e na pessoa do próprio Cristo”; enfim, a sua vida inteira vocacionada para testemunhar de modo original a “radicalidade evangélica”. Portanto, o padre está chamado de uma maneira especial à santidade pessoal para contribuir com o incremento da santidade da comunidade eclesial que lhe foi confiada. O capítulo V da constituição conciliar “Lumen Gentium” nos fala sobre esta responsabilidade de levar a cabo a vocação universal à santidade.

Dom Orani João Tempesta

24 de junho dia de São João Batista

Com muita alegria, a Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista. Santo que, juntamente com a Santíssima Virgem Maria, é o único a ter o aniversário natalício recordado pela liturgia.

São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou o seu nome ao seu pai, Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho.

Estudiosos mostram que possivelmente depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração. Pode-se chegar a essa conclusão a partir do texto de Mateus:
"João usava um traje de pêlo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre".

O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência (por isso “Batista”). Como nos ensinam as Sagradas Escirturas:
"Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo" (Mateus 3,11).

Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa.

São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse. Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes, acabando decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do irmão deste [Herodes], com a qual este vivia pecaminosamente.

O grande santo morreu na santidade e reconhecido pelo próprio Cristo:
"Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João , o Batista" (Mateus 11,11).


São João Batista, rogai por nós!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

As fogueiras que ainda queimam

Por motivos vários, entre eles a segurança e a conservação da natureza, hoje desapareceram as fogueiras. O folclore típico retratando a vida simples do campo e do assim chamado caipira, com as comidas típicas, se limita apenas em festa nos clubes, escolas, até como forma de arrecadação e ajuda ao apertado orçamento anual. Saudosismo ou não, mas eram tempos diferentes. Tudo era simples, tudo em família. Nos arraiais do caboclo, com danças e comidas típicas, passava-se o tempo contemplando as chamas da fogueira a transformar os troncos em brasa ardente, para depois passar com os pés descalços. E o povo a gritar de alegria.

Tudo isso faz parte do passado, dos tempos em que não havia a complicação do ativismo da vida moderna e dos aglomerados urbanos, cobertos pelo anonimato e a indiferença. Como seria diferente se as fogueiras voltassem a queimar não a lenha, mas os corações distantes, frios e egoístas do homem e da mulher deste tempo, para redescobrir a beleza de ser gente com coração capaz de amar e ser amados.

Quero recordar entre as fogueiras históricas aquela que Zacarias fez para anunciar aos parentes e vizinhos o nascimento de João. Fogo, fumaça, luz comunicando vida, anunciando um novo tempo brotado do ventre daquela que chamavam estéril. A fogueira de São João desapareceu e com ela a vida, principalmente dos que foram gerados e não puderam nascer.

Existem fogueiras que permanecem e que jamais se apagarão. Elas foram acesas há mais de dois mil anos e continuam incandescentes como se fossem acesas hoje. São duas relatadas nos evangelhos e ambas relacionadas a Pedro. A primeira queimava no pátio de Anás, sogro do sumo sacerdote Caifás, lugar onde levaram Jesus depois de ser entregue por Judas no jardim do Getsêmani (Lc 22,55).

Ao redor daquele fogo estava Pedro, aquecia-se e fingia ser um qualquer no meio de tantos que por curiosidade se aglomeravam a fim ver o resultado final da condenação daquele que ensinava nas sinagogas e praças e se fazia chamar de Mestre, o homem galileu. Em meio a esta expectativa, Pedro perde o anonimato diante de uma empregada, e por três vezes nega ter conhecido o Homem de Nazaré.

A fogueira passa a queimar naquele momento não a lenha, mas a traição, a vergonha, a falta de coragem, a amizade traída, as promessas de seguimento á todo custo. Tudo foi ao fogo pelo medo covarde ligado à fraqueza humana de quem é interpelado ao testemunho na hora em que menos espera. O que ficou no coração daquele homem a queimar como nunca foi a dor da traição e do fracasso. Depois chorou amargamente, ficando ausente em todos os passos da condenação e da morte do melhor amigo.

A segunda fogueira foi acesa por Jesus, que por graça do Criador não tem nenhuma curiosidade ou falsos interesses, mas simplesmente o amor através de alguns peixinhos assados a esperar os desiludidos discípulos depois de uma noite fracassada de pesca. Foi na praia do Mar da Galiléia (Jo 21,9), onde acontecera o primeiro encontro com Pedro, André e Tiago. Apesar de experientes pescadores, trabalhando a noite toda, arriscam de madrugada, mas nenhum resultado.

Foi então que ouviram uma voz, mandando jogar as redes à direita do barco. Que bela surpresa, a abundância foi tão grande que quase afundavam os barcos. O sentimento naquele momento não podia ser outro a não ser, o de dizer: ”È o Senhor”. Essa é a fogueira da reconstrução de uma vida nova, com o ressuscitado. Foi ali que Jesus perguntou: Pedro, tu me amas mais do que estes? Foi três vezes perguntado em contraposição à tríplice negação. E a resposta foi também três vezes afirmativa: “Tu sabes tudo, Tu sabes que te amo”. A confirmação de Jesus é imediata: “Apascenta as minhas ovelhas”.

Amigo, não importa o que você tenha feito ou deixado de fazer, existirá sempre uma fogueira, onde Jesus te espera com um peixinho assado na brasa do amor de Deus por você.

Dom Anuar Battisti