sábado, 18 de julho de 2009

Dor do Papa pela morte do primeiro bispo e cardeal das Ilhas Maurício

Bento XVI manifestou sua dor ao receber a notícia do falecimento, aos 93 anos, do cardeal Jean Margéot, bispo emérito da capital das Ilhas Maurício, Port Louis, agradecendo a Deus pelo seu serviço na defesa e promoção da família.
O purpurado, primeiro mauriciano consagrado bispo e criado cardeal, faleceu na manhã desta sexta-feira, em sua residência de Bonne-Terre, Vacoas.
Ao receber a notícia, o Papa enviou um telegrama de pêsames ao atual bispo de Port Louis, Dom Maurice Piat, no qual expressa sua “profunda união de oração com a diocese de Port Louis, com a família do defunto e com todas as pessoas afetadas por este luto”.
“Encomendando-o à misericórdia do Senhor, dou graças a Deus pelo ministério desse pastor ardente, que entregou toda a sua vida a favor dos habitantes das Ilhas Maurício como sacerdote diocesano e depois como bispo de Port Louis, dando o melhor de si mesmo para que Cristo fosse anunciado, particularmente através de um compromisso generoso ao serviço da defesa e da promoção da família”, diz o telegrama pontifício.
O purpurado havia nascido em Quatre-Bornes, diocese de Port Louis, no dia 3 de fevereiro de 1916, e foi ordenado no dia 17 de dezembro de 1938.
Depois de ter realizado os primeiros estudos em sua cidade natal, o jovem Jean foi enviado a Roma como aluno do Seminário Pontifício Francês para estudar Filosofia e Teologia na Universidade Pontifícia Gregoriana.
Ao voltar à sua pátria, realizou um intenso ministério como pároco até ser nomeado administrador da diocese de Port Louis, presidente da
Roman Catholic Educational Authority, animador da Legião de Maria e fundador dos Lares de Nossa Senhora, assistente geral dos escoteiros católicos e promotor da Ação Familiar.
No dia 6 de fevereiro de 1969, o Papa Paulo VI o nomeou como bispo de Port Louis. Em sua ordenação episcopal, participaram 80 mil pessoas e o evento foi considerado como o mais importante na história da cidade até então.
No perfil traçado pela edição italiana deste sábado do L’Osservatore Romano, recorda-se que o purpurado “era altamente estimado, inclusive nos ambientes não-católicos e não-cristãos” das Ilhas Maurício.
Seu lema era “Não ser servido, e sim servir”. João Paulo II aceitou sua renúncia ao governo pastoral em 1993, aos 77 anos.
Em fevereiro de 1999, desempenhou um importante papel de mediação por ocasião das desordens que afetaram o país.
Em abril de 2005, com quase 90 anos, ele viajou a Roma para participar das reuniões de cardeais realizadas durante o período da sé vacante, após o falecimento de João Paulo II, antes do conclave (do qual ele não participou por motivos de idade).
Com seu falecimento, o colégio cardinalício fica composto por 185 purpurados, dos quais 114 são eleitores e 71 não-eleitores.

Fonte: Zenit

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