quinta-feira, 14 de maio de 2009

Papa vê em Belém uma estrela de esperança

BELÉM, quarta-feira, 13 de maio de 2009 (ZENIT.org).- A visita de Bento XVI a Belém teve um objetivo principal: dar esperança à sua população, afirma o Pe. Caesar Atuire, administrador delegado da Obra Romana para as Peregrinações, instituição dependente da Santa Sé.O sacerdote constata que a cidade em que Jesus nasceu “viveu este dia como se fosse o dia de Natal” e, de fato, na Missa que o Papa celebrou na Praça do Presépio, ouviram-se cânticos natalinos.“Ao ver as pessoas que estão por aqui, ao escutar seus cantos, percebemos que hoje o Papa trouxe à terra uma mensagem de paz, uma mensagem de alegria, para animar este povo que vive com tantas contradições”, explica o sacerdote, que promove peregrinações do mundo inteiro a esta terra.“O Papa recordou o que o Evangelho de São Lucas diz, isto é, que Jesus seria um sinal de contradição. Também hoje, a realidade de Belém é um sinal de contradição, mas não pode ser sinal de contradição sem esperança. Portanto, o que o Papa disse hoje é que a mensagem de Jesus pode ser uma esperança para a paz e para o futuro deste povo”, esclarece.O Pe. Atuire, que acompanha o Bispo de Roma em seu périplo pela Terra Santa, sentiu-se particularmente tocado pelas palavras que o Papa dirigiu a todas as pessoas que sofreram os últimos bombardeios em Gaza.“O Santo Padre ofereceu sua solidariedade a todas as pessoas que foram vítimas deste conflito e, por isso, depois da Missa, o Papa parou para cumprimentar uma delegação que veio de Gaza para participar desta Celebração Eucarística.”Neste contexto, além disso, o sacerdote enquadra a visita papal desta tarde ao campo de refugiados Aida, de Belém.“Os campos de refugiados são uma lembrança do sofrimento desse povo, gente que, por causa do conflito entre judeus e muçulmanos, foi levada a viver em campos de refugiados sem nenhuma esperança e sem terra, porque realmente um povo sem terra é um povo deserdado”, continua dizendo.“Ao visitar este povo,o Papa está transmitindo uma mensagem de esperança”, uma esperança – esclarece – que também passa pelo reconhecimento dos justos direitos do povo palestino.Por este motivo, ao ser recebido pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, o Papa pediu que se trabalhe “para chegar à solução de dois Estados e duas nações”, Israel e Palestina.Dessa forma, assegura Atuire, “o povo da Palestina poderá alcançar essa soberania que é necessária para poder levar a cabo projetos de desenvolvimento, justiça e paz para todo o povo deste território”.

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