sábado, 28 de fevereiro de 2009

O Evangelho de hoje!

Sábado depois das Cinzas
Evangelho segundo S. Lucas 5,27-32.
Depois disto, Jesus saiu e viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado no posto de cobrança. Disse-lhe: «Segue-me.» E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-o. Levi ofereceu-lhe, em sua casa, um grande banquete; e encontravam-se com eles, à mesa, grande número de cobradores de impostos e de outras pessoas. Os fariseus e os doutores da Lei murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?» Jesus tomou a palavra e disse-lhes:Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes. Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.
Palavra da salvação!
Glória a vós Senhor!
Leia também:
Livro de Isaías 58,9-14.
Livro de Salmos 86(85),1-2.3-4.5-6.

Missa das cinzas

Dom Mariano Manzana celebrou no dia 25 de fevereiro a missa da imposição das cinzas na Catedral de Santa Luzia em Mossoró as 17 hs. A cinza serve para lembrar que o homem foi constituído do pó da terra e que ao pó ele voltará quando morrer. Neste sentido Dom Mariano Manzana esclarece que a época é dedicada principalmente à conversão dos pecados.
A Quarta-feira de cinzas é o inicio da quaresma esse período simboliza os quarenta dias em que Jesus passou no deserto, jejuando e rezando, antes de voltar a Jerusalém, quando foi preso e executado. Por isso que no período da quaresma os cristãos costumam fazer orações e sacrifícios oferecendo-os pela conversãos dos seus pecados.

Confira as fotos:

























28 de fevereiro é dia de São Daniel Brottier

Daniel Brottier era natural da França. Nasceu no dia 7 de setembro de 1876. Ingressou na Congregação do Espírito Santo (Padres Espiritanos) e por sete anos foi missionário no Senegal (Äfrica). Na Primeira Guerra Mundial, alistou-se voluntariamente como capelão militar nas linhas de frente. Por quatros anos, assistiu os moribundos, cuidou dos feridos, deu assistência espiritual a seus compatriotas. No fim da Guerra foi condecorado com a Cruz da Guerra e com a Legião de Honra. Em 1923, tornou-se diretor da Casa dos Órfãos Aprendizes de Auteuil, que chegou a abrigar cerca de mil e quatrocentos jovens abandonados e carentes. Fundou também a União Nacional dos Antigos Combatentes, com cerca de dois milhões de associados. Sua fé, sua oração, sua grande capacidade inventiva e de organização fizeram dele um apóstolo e homem de empresa, empreendedor e contemplativo. Daniel Brottier foi um homem de nosso tempo. Morreu no dia 28 de fevereiro de 1936. Foi canonizado pelo Papa João Paulo II, em 1984, em Roma.
São Daniel Brottier, rogais por nós!

Missionários da Obra de Maria no carnaval de Russas - CE

Nos dias 21,22,23 e 24 de fevereiro e aconteceu na quadra do Colégio estadual em Russas-CE o XIX vida nova.
Vida Nová é o retiro de carnaval realizado pela RCC( Renovação Carismática Católica) de Russas. Muita oração, Adoração, Santa Missa, louvor, alegria, danças, teatro, terço da miséricórdia, show com a banda Malucos por Jesus de Aracati e os Missionários Carmem e Júnior da Comunidade Obra de Maria de Mossoró-RN, além do Coordenado da RCC da Diocese de Limoeiro do Norte Fabiano. Além do tema principal do encontro: A alegria do Senhor é a nossa força ( Ne 8,10), foram abordados temos voltados para a juventude e para a caminhada com Deus.
Confira as fotos:




























sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Em foco: Josivânia fala sobre ser Obra de Maria ( Entrevista)

Pra você o que é ser obra de maria?
Josivânia: Ser Obra de Maria é ser cuidada por Maria dia e noite, seguindo a vontade de Jesus e aprendendo com ela a humildade de ser serva e amiga de seu filho.

Como é para você viver da providência de Deus?
Josivânia: Maravilhosamente bom.. pois depender Dele me dá a certeza que nada me faltará.

Você tem alguma testemunho da providência de Deus na vida comunitária?
Josivânia: Tenho muitos, mas vou citar apenas um: Um dia pedimos bolo a Nossa Senhora na oração da manhã e a tarde D. Glaucione chegou com um delicioso. É lindo vermos o cuidado de Deus na nossa vida e na nossa missão.

O que a quaresma pode acrescentar a quem quer servir a Deus?
Josivânia: Como é um tempo de conversão, nada melhor pra um que se diz "Servo de Deus" aprender a dominar a carne para tornar-se mais espiritual através do jejum, oração e práticas de caridade. Além do mais é tempo de refletir na nossa história, ver onde o pecado ainda tem sido barreira entre nós e o amor de Deus e tentar vencê-la pelas orações e as demais práticas próprias deste tempo.

O que é entregar a sua juventude a Deus?
Josivânia: É comprar o passaporte pra felicidade! Pois tudo que colocamos nas mãos de Deus é bem cuidado e bem aproveitado. O mundo hoje quer aproveitar a juventude pra destruir a vida de muita gente pela prostituição, lesbianismo, homossexualismo, bebedeiras, drogas, enfim.. O pecado. Entregando a Ele a vida desde a juventude é uma segurança de que não cairemos tão facilmente nas mãos de tudo isso, e assim seremos felizes e realizados de uma forma muito eficaz e verdadeira.

Quais as missões que você desempenha hoje na comunidade e quais cidades o carisma tem chegado na sua região?
Josivânia:Hoje trabalho na Diocese de Nazaré da Mata-PE junto com Auxiliadora e Ismar (um casal maravilhoso que tem duas filhas e moram na cidade de Carpina) Faço visitas as cidades onde iniciamos os cenáculos e também trabalho na Cidade de Surubim junto com Vera, que é a coordenadora local. Hoje atingimos as seguintes localidades desta Diocese: Goiana, Caricé, Itambé, Pedras de Fogo, Ibiranga, Juripiranga, Camutanga, Usina Olho D'Água, Ferreiros, Macujê, Timbaúba, Macaparana, Machados, Carpina, Bom Jardim, Surubim e estamos com projetos de começar os Cenáculos em mais três cidades ainda esse semestre, outras estamos já em andamento.

Como alguém pode fazer parte da Comunidade Obra de Maria?
Josivânia:Basta entrar em contato com algum membro da comunidade e o mesmo indicará o local mais próximo para se fazer um acompanhamento vocacional. Á partir desse acompanhamento chegaremos juntos com a acessoria vocacional ao discernimento.


Josivânia Xavier está a 9 anos na Comunidade Obra de Maria e é membro consagrada.

Outras entrevistas

Dom Orani João Tempesta é nomeado arcebispo do Rio de Janeiro

A Santa Sé informou nesta sexta-feira que a arquidiocese do Rio de Janeiro tem um novo arcebispo. O escolhido do Papa foi Dom Orani João Tempesta, 58 anos, até o momento arcebispo de Belém (Pará, norte do Brasil).Dom Orani substitui o cardeal Eusébio Oscar Scheid, que apresentou seu pedido de renúncia à Santa Sé, seguindo as normas do Direito Canônico, quando completou 75 anos, em dezembro de 2007. O cardeal Scheid estava à frente da arquidiocese do Rio de Janeiro desde 2001.Ao dar a notícia aos fiéis na manhã de hoje, por meio da Rádio Catedral, Dom Eusébio afirmou que a posse do novo arcebispo deve acontecer no dia 19 de abril, 2º Domingo da Páscoa.«Saúdo com alegria aquele que já é o novo arcebispo da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro: Dom Orani João Tempesta», disse Dom Eusébio.
Dom Orani Tempesta nasceu no dia 23 de junho de 1950, em São José do Rio Pardo (São Paulo). É religioso da Ordem Cisterciense, no seio da qual foi ordenado sacerdote em 1974.Quando o mosteiro de Nossa Senhora de São Bernardo, onde vivia, em sua cidade natal, foi elevado a Abadia, em 1996, Dom Orani foi eleito o primeiro abade, cargo que ocupou por menos de um ano, já que foi nomeado bispo de São José do Rio Preto (São Paulo) já em 1997.Sua nomeação para a arquidiocese de Belém, no norte do país, aconteceu em outubro de 2004.O novo arcebispo do Rio de Janeiro é o atual presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação, Cultura e Comunicação da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). É também membro dos Conselhos Permanente, Episcopal de Pastoral e Econômico da CNBB.Na arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Orani terá a missão de pastorear os serviços das 252 paróquias da cidade, divididas em sete vicariatos territoriais, além dos movimentos leigos e novas comunidades.O novo arcebispo contará com a colaboração de seis bispos auxiliares, entre os quais o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa.Nesta sexta-feira, Dom Orani chega à arquidiocese do Rio de Janeiro. Ele traz consigo o lema episcopal «Ut Omnes Unum Sint» (Para que todos sejam um).

Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos

Há quem se deixe abater pela dúvida ao ver no corpo de Cristo os estigmas da Paixão, e se pergunte: «Quem é este rei glorioso?» (Sl 23, 8). Responde-lhes que é o Cristo, «forte e poderoso» (v. 8) em tudo quanto fez e continua a fazer. [...] Faz-lhes ver a beleza da túnica envergada que é o corpo sofredor de Cristo, embelezado pela Paixão e transfigurado pelo brilho da divindade, essa túnica de glória que foi o objecto mais belo e mais digno de ser amado neste mundo. [...] Ele será pequeno pelo fato de Se ter feito humilde por tua causa? Será desprezível pelo facto de, Bom Pastor que dá a vida pelo Seu rebanho (Jo 10, 11), ter ido à procura da ovelha perdida e, depois de a ter encontrado, a ter posto aos ombros que por ela carregaram com a cruz e a ter contado de novo entre o número das ovelhas fiéis que permaneceram dentro do aprisco (Lc 15, 4ss.)? Parece-te menos grandioso por Se ter cingido com uma toalha para lavar os pés aos discípulos, mostrando-lhes assim que o meio mais seguro de a pessoa se elevar é humilhando-se (Jo 13, 4; Mt 23, 12)? Porque, inclinando a alma para a terra, Se abaixa a fim de elevar Consigo aqueles que viviam abatidos sob o peso do pecado? Censuras-Lhe o facto de ter comido com os publicanos e os pecadores, para salvação deles (Mt 9, 10)?
Ele conheceu a fadiga, a fome, a sede, a angústia e as lágrimas, seguindo a lei da nossa natureza humana. Como Deus, porém, o que não fez? [...] Precisávamos de um Deus feito homem, tornado mortal, para podermos viver. Partilhámos a Sua morte, que nos purifica; pela Sua morte, Ele deu-nos a partilhar a Sua ressurreição; pela Sua ressurreição, deu-nos a partilhar a Sua glória.

27 de fevereiro dia de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores

Data de 1838 o nascimento de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, na cidade de Assis. Órfão de mãe aos quatro anos, foi para a cidade de Espoleto, onde estudou com os Irmãos das Escolas Cristãs e com os jesuítas.Eleito ainda muito jovem para o cargo de presidente da Academia de Literatura, em 1856, o santo decidiu ingressar na ordem dos passionistas, na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Possuidor de uma alma alegre e bem humorada, a todos cativava pela sua simplicidade e humildade. Morreu muito jovem, com apenas 24 anos, no dia 27 de Fevereiro de 1862. Foi beatificado por Pio X em 1908 e canonizado por Bento XV, em 1920.

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

Qual é o jejum que Me agrada?Não é partilhares o teu pão com quem tem fome? (Is 58, 6-7)


Quem pratica o jejum deve compreender o jejum: deve simpatizar com o homem que tem fome se quer que Deus simpatize com a sua própria fome; deve ser misericordioso se espera obter misericórdia. [...] O que perdemos pela desatenção, devemos conquistá-lo pelo jejum; imolemos as nossas vidas pelo jejum, porque não há nada mais importante que possamos oferecer a Deus, como prova o profeta quando diz: «O sacrifício que agrada a Deus é um espírito contrito; Deus não desprezará um espírito humilhado e contrito» (Sl 50, 19). Oferece pois a tua vida a Deus, oferece a oblação do jejum para que tenhas aí uma oferta pura, um sacrifício santo, uma vítima viva que inste em teu favor. [...] Mas, para que estes dons sejam agradáveis, é preciso que venha em seguida a misericórdia. O jejum não dá fruto se não for regado pela misericórdia; o jejum torna-se menos árido pela misericórdia; o que a chuva é para a terra, é a misericórdia para o jejum. Quem jejua pode cultivar o coração, purificar a carne, arrancar os vícios, semear as virtudes; mas, se não verter ondas da misericórdia, não recolhe frutos.Ó tu que jejuas, o teu campo jejuará também se for privado da misericórdia; ó tu que jejuas, o que espalhas pela tua misericórdia reflectir-se-á na tua granja. Para não desperdiçares pela avareza, recolhe pela generosidade. Dando ao pobre, dás a ti próprio; porque aquilo que não entregas a outrem, não o terás.
S. Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, Doutor da Igreja Homilia sobre a oração, o jejum e a esmola; PL 52, 320 (trad. Breviário)

Carta do Papa João Paulo II aos Jovens !

Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade,ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças socias.
Precisamos de Santos que vivam no mundo se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man.
Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri
ou comer pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
" Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo mas que não sejam mundanos"
João Paulo II
Sejamos santos!

O Evangelho de hoje!

Sexta-feira depois das Cinzas
Evangelho segundo S. Mateus 9,14-15.
Depois, foram ter com Ele os discípulos de João, dizendo: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar.»
Palavra da salvação!
Glória a vós Senhor!
Leia também:

Livro de Isaías 58,1-9.
Livro de Salmos 51(50),3-4.5-6.18-19.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

R$ 3,00/H

Um menino, com voz tímida e os olhos cheios de admiração, pergunta ao pai, quando este retoma o trabalho:

_Pai, quanto o senhor gasta por hora?
O pai, num gesto sever, responde:
_ Escuta aqui meu filho, isso nem a sua mãe sabe. Não amole, estou cansado!
Mas o filho insiste:
_ Mas papai, por favor, diga, quanto o senhor ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e respondeu:
_ Três reais por hora.
Disse o filho:
_ Então, papai, o senhor poderia me emprestar um real?
O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
_ Então essa era a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não me amole mais!
Já era noite, quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe, o filho precisasse comprar algo. Querendo descarregar sua consciência doída, foi até o quarto do menino e em voz baixa, perguntou:
_ Filho, está dormindo?
O garoto respondeu sonolento e choroso:
_ Não papai!
_Olha aqui está o dinheiro que me pediu: Um real.
_ Muito obrigado, papai!
Disse o filho, levantando-se e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama:
_ Agora já completei, papai! Tenho três reais. Poderia me vender uma hora de seu tempo?


Para refletir:

Talves você não tenha filhos e ache que isso não é com você?Concerteza você tem família, há alguém que sente a sua falta. Olhe ai seu redor! Concerteza existem pessoas com as quais precisa gastar mais tempo. Faça um visita, dê um abraço, fique sentado perto mesmo que não digas nada, a sua presença já fala e é indispensável para aqueles que Deus escolheu para fazer parte da sua vida.
Onde reina o amor Deus ai está!



Mensagem do Papa aos brasileiros com motivo da Campanha da Fraternidade

Ao iniciar o itinerário espiritual da Quaresma, a caminho da Páscoa da ressurreição do Senhor, desejo uma vez mais aderir à Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2009, está destinada a considerar o lema "A paz é fruto da justiça". É um tempo de conversão e de reconciliação de todos os cristãos, para que as mais nobres aspirações do coração humano possam ser satisfeitas, e prevaleça a verdadeira paz entre os povos e as comunidades.Meu Venerável predecessor, o Papa João Paulo II, no Dia Mundial da Paz de 2002, ao ressaltar precisamente que a verdadeira paz é fruto da justiça, fazia notar que "a justiça humana é sempre frágil e imperfeita" devendo ser "exercida e de certa maneira completada com o perdão que cura as feridas e restabelece em profundidade as relações humanas transtornadas" (n. 3).O Documento final de Aparecida, ao tratar do Reino de Deus e a promoção da dignidade humana, recordava os sinais evidentes da presença do Reino na vivência pessoal e comunitária das Bem-aventuranças, na evangelização dos pobres, no conhecimento e cumprimento da vontade do Pai, no martírio por causa da fé, no acesso de todos os bens da criação, e no perdão mútuo, sincero e fraterno, aceitando e respeitando a riqueza da pluralidade, e a luta para não sucumbir à tentação e não ser escravos do mal (n. 8.1).A Quaresma nos convida a lutar sem esmorecimento para fazer o bem, precisamente por sabermos como é difícil que nós, os homens, nos decidamos seriamente a praticar a justiça - e ainda falta muito para que a convivência se inspire na paz e no amor, e não no ódio ou na indiferença. Não ignoramos também que, embora se consiga atingir uma razoável distribuição dos bens e uma harmoniosa organização da sociedade, jamais desaparecerá a dor da doença, da incompreensão ou da solidão, da morte das pessoas que amamos, da experiência das nossas limitações.Nosso Senhor abomina as injustiças e condena quem as comete. Mas respeita a liberdade de cada indivíduo e por isso permite que elas existam, pois fazem parte da condição humana, após o pecado original. Contudo, seu coração cheio de amor pelos homens levou-o a carregar, juntamente com a cruz, todos esses tormentos: o nosso sofrimento, a nossa tristeza, a nossa fome e sede de justiça. Vamos pedir-lhe que saibamos testemunhar os sentimentos de paz e de reconciliação que O inspiraram no Sermão da Montanha, para alcançar a eterna Bem-aventurança.Com estes auspícios, invoco a proteção do Altíssimo, para que sua mão benfazeja se estenda por todo o Brasil, e que a vida nova em Cristo alcance a todos em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural, derramando os dons da paz e da prosperidade, despertando em cada coração sentimentos de fraternidade e de viva cooperação. Com uma especial Bênção Apostólica.

BENEDICTUS PP. XVI

26 de fevereiro dia de São Porfírio de Gaza

Nascido por volta do ano de 353, em Tessalónica, Grécia, São Porfírio foi para o Egito aos vinte e cinco anos. Em seguida, foi à Palestina onde viveu por cinco anos numa gruta perto do rio Jordão, o que lhe gerou uma grave enfermidade. Foi lá também que conheceu Marcos, que se tornou seu fiel discípulo.O santo distribuiu tudo o que possuía aos pobres e. para manter-se, trabalhava arduamente em um curtume na Cidade Santa. Neste trabalho permaneceu por mais de quarenta anos, foi ordenado sacerdote e mais tarde bispo de Gaza pelo patriarca de Jerusalém.São Porfírio exerceu grande influência na política e na religião de seu tempo. Chegou a conseguir da Imperatriz Eudóxia um memorial que abolia os templos pagãos de Gaza e da redondeza. Morreu por volta do ano 420.

São Porfírio de Gaza, rogai por nós!

O Evangelho de hoje!

Quinta-feira depois das Cinzas
Evangelho segundo S. Lucas 9,22-25.
e acrescentou: «O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.» Depois, dirigindo-se a todos, disse: «Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me. Pois, quem quiser salvar a sua vida há-de perdê la; mas, quem perder a sua vida por minha causa há-de salvá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, perdendo-se ou condenando-se a si mesmo?
Palavra da salvação!
Glória a vós Senhor!
Leia também:
Livro de Deuteronómio 30,15-20.
Livro de Salmos 1,1-2.3.4.6.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Oração da Campanha da Fraternidade 2009

Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus, que nos abrigais à sombra de vossas asas, defendeis e protegeis a todos nós, vossa família, como uma mãe, que cuida e guarda seus filhos.
Nesse tempo em que nos chamais à conversão, à esmola, ao jejum, à oração e à penitência, pedimos perdão pela violência e pelo ódio que geram medo e insegurança. Senhor, que a vossa graça venha até nós e transforme nosso coração. Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo, para que a Campanha da Fraternidade seja um forte instrumento de conversão. Sejam criadas as condições necessárias para que todos vivamos em segurança, na paz e na justiça que desejais.

Amém.

25 de fevereiro dia de São Sebastião de Aparício

Nascido na Espanha, em 1502, era filho de pobres lavradores e teve uma infância muito difícil. Quando vivia em Salamanca, onde tentou ganhar a vida, enviava constantemente dinheiro aos seus pais, os quais nunca esquecera. Mas foi no México que sua vida mudou radicalmente. Tornou-se um rico comerciante e proprietário de terras. Sempre preocupado com sua vida espiritual, São Sebastião decidiu dedicar-se apenas à agricultura para não se corromper com as oportunidades do dinheiro fácil. Casou-se duas vezes e sempre deu exemplos de vida espiritual e ajuda aos pobres.Por fim, aos 70 anos, renunciou a tudo e decidiu ingressar na ordem dos franciscanos, tornando-se irmão leigo. Morreu com 98 anos, em 1600, e foi canonizado em 1786 pelo papa Pio VI.

São Sebastião de Aparício, rogai por nós!

Papa nomeia novo Bispo para Cristalândia, TO

O papa Bento XVI nomeou hoje, 25, o padre Rodolfo Luis Weber, novo bispo de Cristalândia (TO). Padre Rodolfo vai substituir Dom Heriberto Hermes, que apresentou sua renúncia por motivos de idade. Padre Rodolfo, do clero da arquidiocese de Porto Alegre (RS), até então era pároco da Igreja de Nossa Senhora das Graças, em Gravataí. Padre Rodolfo Luís WeberNasceu em 30 de agosto de 1963, na cidade de Bom Princípio, arquidiocese de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul. Fez os estudos primários no Seminário de Bom Princípio, filosofia no Seminário Nossa Senhora da Conceição, em Viamão, e teologia no Instituto de Teologia da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre. Obteve a Licença em Filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma.
Foi ordenado padre em 5 de janeiro de 1991, pela arquidiocese de Porto Alegre. Foi sucessivamente Vigário paroquial da Paróquia de Santo Antônio (1991-1992); Vice Reitor do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, em Viamão (1993-1997) e de 2000 a 2007 Reitor do mesmo prestigioso Seminário. Desde 2008 é Pároco da Paroquia de Nossa Senhora das Graças, em Gravataí.

Dez novos santos em 26 de abril e em 11 de outubro próximos

Bento XVI proclamará dez novos santos no curso de duas cerimônias programadas para 26 de abril e 11 de outubro deste ano. O próprio Papa anunciou no consistório ordinário público celebrado na manhã deste sábado na Sala Clementina do Palácio Apostólico.Segundo este anúncio, no domingo, 26 de abril acontecerá a cerimônia de canonização dos beatos:– Arcangelo Tadini, italiano, sacerdote e fundador da Congregação das Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré;– Bernardo Tolomei, italiano, abade e fundador da Congregação de Santa Maria do Monte Oliveto da Ordem Beneditina. A aprovação do decreto de reconhecimento do milagre se deu em 3 de julho passado.– Nuno de Santa Maria Álvarez Pereira, português, religioso carmelita, cujo decreto de reconhecimento do milagre também se deu em 3 de julho;– Gertrude (Caterina) Comensoli italiana, fundadora do Instituto das Irmãs do Santíssimo Sacramento. A aprovação do decreto de reconhecimento do milagre se produziu em 17 de março passado;– Caterina Volpicelli, italiana, fundadora da Congregação das Servas do Sagrado Coração.No domingo, 11 de outubro de 2009, acontecerá a cerimônia de canonização dos beatos: – Zygmunt Zscesny Felínski, polonês, bispo e fundador da Congregação das Irmãs Franciscanas da Família de Maria;– Francisco Coll i Guitart, espanhol, sacerdote dominicano e fundador da Congregação das Irmãs Dominicanas da Anunciação da Beata Virgem Maria;– Jozef Damian de Veuster, holandês, sacerdote da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria e da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento do Altar. O decreto de reconhecimento do milagre havia sido aprovado em 3 de julho de 2008;– Rafael Arnáiz Barón, espanhol, religioso da Ordem Cistercense da Estrita Observância;– Marie de la Croix (Jeanne) Jugan, francesa, fundadora da Congregação das Irmazinhas dos Pobres.O consistório reuniu 39 cardeais ao redor do Papa. O Santo Padre perguntou seu parecer sobre as canonizações propostas aos presentes, entre os quais se encontrava o cardeal Angelo Sodano, decano do Colégio Cardinalício, e o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, os arcebispos Fernando Filoni, substituto da Secretaria de Estado, Dominique Mamberti, secretário para as relações com os Estados, e Carlo Maria Vigano, núncio apostólico, delegado para as representações pontifícias.Depois de ter recebido o parecer favorável, o Papa decidiu inscrever no elenco dos santos os dez beatos.

Suplicamo-vos, pois, em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus» (2Cor 5, 20)

Originariamente, na Igreja primitiva, a Quaresma era o tempo privilegiado em que os catecúmenos se preparavam para os sacramentos do Baptismo e da Eucaristia, que eram celebrados na Vigília da Páscoa. A Quaresma era considerada um tempo do devir cristão, que não se realizava apenas num momento, mas exigia um longo percurso de conversão e de renovação. A esta preparação uniam-se também as pessoas já baptizadas, revivendo a lembrança do Sacramento recebido, e dispondo-se para uma renovada comunhão com Cristo na jubilosa celebração da Páscoa. Assim a Quaresma tinha, e ainda hoje conserva, a índole de um itinerário baptismal, no sentido em que ajuda a manter viva a consciência de que o ser cristão se realiza sempre como um novo devir cristão: nunca é uma história concluída, que se encontra no nosso passado, mas um caminho que exige sempre um exercício renovado. Ao impor-nos as cinzas sobre a cabeça, o celebrante diz: Recorda-te de que és pó e ao pó voltarás» (cf. Gn 3, 19), ou então repete a exortação de Jesus: Arrependei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 15). Ambas as fórmulas constituem uma exortação à verdade da existência humana: somos criaturas limitadas, pecadores sempre necessitados de penitência e de conversão. Como é importante ouvir e aceitar esta exortação nesta nossa época! Quando proclama a sua autonomia total de Deus, o homem contemporâneo torna-se escravo de si mesmo e encontra-se muitas vezes numa solidão desconsolada. Então, o convite à conversão é um impulso a voltarmos aos braços de Deus, Pai terno e misericordioso, a termos confiança nEle e a confiarmo-nos a Ele como filhos adoptivos, regenerados pelo Seu amor. Com pedagogia sábia, a Igreja repete que a conversão é antes de tudo uma graça, uma dádiva que abre o coração à infinita bondade de Deus. É Ele mesmo Quem antecipa, com a sua graça, o nosso desejo de conversão e acompanha os nossos esforços em vista da plena adesão à Sua vontade salvífica. Assim, converter-se significa deixar-se conquistar por Jesus (cf. Fil 3, 12) e, com Ele, «voltar» ao Pai. Por conseguinte, a conversão exige que nos ponhamos humildemente na escola de Jesus e caminhemos no seguimento dócil dos Seus passos.

SS Bento XVI

O Evangelho de hoje!

QUARTA-FEIRA DE CINZAS
Evangelho segundo S. Mateus 6,1-6.16-18.
Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu. Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita, a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.» «Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te. «E, quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.

Palavra da salvação!
Glória a vós Senhor!
Leia também:
Livro de Joel 2,12-18.
Livro de Salmos 51(50),3-4.5-6.12-13.14.17.
2ª Carta aos Coríntios 5,20-21.6,1-2.

Como viver bem a quaresma?

1. Arrependendo-me de meus pecados e confessando-me.
Pensar em quê ofendi a Deus, Nosso Senhor, se me dói tê-lo ofendido, se realmente estou arrependido. Este é um bom momento do ano para realizar um confissão preparada e de coração. Revise os mandamentos de Deus e da Igreja para poder fazer uma boa confissão. Sirva-se de um livro para estruturar sua confissão. Busque o tempo para realizá-la.
2. Lutando para mudar:
Analise sua conduta para conhecer em que esta falhando. Faça propósitos para cumprir dia a dia e revise à noite se os alcançou. Lembre-se de não colocar muitos propósitos porque será muito difícil cumpri-lo todos . Deve-se subir as escadas de degrau em degrau, não se pode subir toda ela de uma só vez. Conheça qual é o teu defeito dominante e faça um plano para lutar contra ele. Teu plano deve ser realista, prático e concreto para poder cumprí-lo.
3. Fazendo sacrificios:
A palavra sacrifício vem do latim sacrum-facere, significa "fazer sagrado". Então, fazer um sacrifício é fazer alguma coisa sagrada, quer dizer, oferecê-la por amor a Deus, porque o ama, coisas que dão trabalho. Por exemplo, ser amável com um vizinho com quem você não simpatiza ou ajudar alguém em seu trabalho. A cada um de nós há algo que nos custa fazer na vida de todos os dias. Se oferecemos isto a Deus por amor, estamo fazendo sacrifício.
4. Fazendo oração:
Aproveite estes dias para rezar, para conversar com Deus, para dizê-lo que o ama e que quer estar com Ele. Pode ser útil um bom livro de meditação para Quaresma. Você pode ler na Bíblia passagens relacionadas com a quaresma.

O que procurar viver na quaresma?

Durante este tempo especial de purificação, contamos com uma série de meios concretos que a Igreja nos propõe e que nos ajudam a viver a dinâmica quaresmal.
Antes de tudo, a vida de oração, condição indispensável para o encontro com Deus. Na oração, se o cristão ingressa o diálogo íntimo com o Senhor, deixa que a graça divina penetre seu coração e, a semelhança de Santa Maria, se abra à ação do Espírito cooperando com ela com sua resposta livre e generosa (ver Lc. 1,38).
Como também devemos intensificar a escuta e a meditação atenta à Palavra de Deus, a assistência freqüente ao Sacramento da Reconciliação e a Eucaristia, e mesmo a prática do jejum, segundo as possibilidades de cada um.
A mortificação e a renúncia nas circunstâncias ordinárias de nossa vida também constituem um meio concreto para viver o espírito de Quaresma. Não se trata tanto de criar ocasiões extraordinárias, mas bem, de saber oferecer aquelas circunstâncias cotidianas que nos são incômodas, de aceitar com alegria os diferentes contratempos que nos apresenta o dia - dia. Da mesma maneira, o saber renunciar a certas coisas legítimas nos ajuda a viver o desapego e o desprendimento. Dentre as diversas práticas quaresmais que a Igreja nos propõe, a vivência da caridade ocupa um lugar especial. Assim nos recorda São Leão Magno: "estes dias de quaresma nos convidam de maneira apremiante ao exercício da caridade; se desejamos chegar à Pascoa santificados em nosso ser, devemos por um interesse especialíssimo na aquisição desta virtude, que contém em si as demais e cobre multidão de pecados".
Esta vivência da caridade devemos vivê-la de maneira especial com aqueles a quem temos mais próximos, no ambiente concreto em que nos movemos. Assim, vamos construindo no outro "o bem mais precioso e efetivo, que é o da coerência com a própria vocação cristã" (João Paulo II)

Quarta-feira de cinzas

Com a imposição das cinzas, se inicia uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer se preparar dignamente para viver o Mistério Pascal, quer dizer, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.
Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: " matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.
A sugestiva cerimônia das cinzas eleva nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, a Deus; princípio e fim, alfa e ômega de nossa existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz indefectível de sua verdade. Uma valorização que implica uma consciência cada vez mais diáfana do fato de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até o final, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.
Sinônimo de "conversão", é assim mesmo a palavra "penitência" …
Penitência como mudança de mentalidade. Penitência como expressão de livre positivo esforço no seguimento de Cristo.
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Tradição

Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa.
Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.
Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitênica pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reoconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa ou a Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (do século VIII ao X) o início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.
Hoje em dia na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como um simples serviço em algumas Igrejas protestantes como a anglicana e a luterana. A Igreja Ortodoxa começa a quaresma desde a segunda-feira anterior e não celebra a Quarta-feira de Cinzas.

Quaresma

A quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender de nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo.
A Quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina na Quinta-Feira Santa, com a Missa vespertina. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus.
A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal.
Na Quaresma, Cristo nos convida a mudar de vida. A Igreja nos convida a viver a Quaresma como um caminho a Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Nos convida a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por ação do pecado, nos afastamos mais de Deus.
Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Cada dia, durante a vida, devemos retirar de nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. Na Quaresma, aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar nossa cruz com alegria para alcançar a gloria da ressurreição.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Jejum forma de penitência

As múltiplas formas da penitência na vida cristã A penitência interior do cristão pode ter expressões bem variadas. A escritura e os padres insistem principalmente em três formas: o jejum, a oração e a esmola, que exprimem a conversão com relação a si mesmo, a Deus e aos outros. Ao lado da purificação radical operada pelo batismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos pecados, os esforços empreendidos para reconciliar-se com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade, "que cobre uma multidão de pecados" (1Pd 4,8).Os tempos e os dias de penitência ao longo do ano litúrgico (o tempo da quaresma, cada sexta-feira em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja. Esses tempos são particularmente apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às peregrinações em sinal de penitência, às privações voluntárias como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias).O quarto mandamento ("Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja") determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração.O quinto mandamento ("Ajudar a Igreja em suas necessidades") recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades..

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Oração de São Padre Pio

Ficai comigo, Senhor, porque Vossa presença me é necessária para não Vos esquecer. Bem sabeis quão facilmente Vos abandono... Ficai comigo Senhor, porque sou fraco e preciso de Vossa fortaleza para não cair tantas vezes. Ficai comigo Senhor, porque sois minha vida e sem Vós me esmorece o fervor. Ficai comigo Senhor, porque sois minha luz e sem Vós me acho em trevas. Ficai Senhor comigo, para me mostrardes Vossa vontade. Ficai Senhor comigo, porque desejo amar-Vos muito e estar sempre em Vossa companhia. Ficai comigo Senhor, se quereis que eu Vos seja fiel. Ficai comigo Jesus, porque minha alma, conquanto paupérima, todavia quer ser para Vós um habitáculo de consolação, um ninho de amor. Ficai, Jesus, comigo, que entardece e o dia se vai... isto é, a vida passa... a morte se avizinha... avizinha o juízo, a eternidade... e é mister redobrar minha forças para não desfalecer no caminho, e para tal preciso de Vós. Entardece e vem a morte... Inquietam-me as trevas, as tentações, a aridez, as cruzes, as penas, e ah! como preciso de Vós, meu Jesus, nesta noite de exílio. Ficai, Jesus comigo, pois preciso de Vós nesta noite da vida e dos perigos. Fazei que eu Vos conheça como Vos conheceram os discípulos de Emaús ao partir do pão, isto é, que a união Eucarística seja a luz que dissipa as trevas, a força que me sustenta e a única felicidade do meu coração. Ficai, Senhor comigo, porque, ao chegar a morte, quero estar unido a Vós, se não pela Santa Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor. Ficai, Jesus, comigo! Não Vos peço Vosso divino consolo, pois não o mereço, mas o dom de Vossa santíssima presença. Oh! sim, Vo-lo peço! Ficai, Senhor, comigo! Busco somente a Vós, o Vosso amor, a Vossa graça, a Vossa vontade, o vosso Espírito, porque Vos amo e não peço recompensa alguma, senão aumento de amor.. Amor sólido, prático. Amar-Vos com perfeição por toda a eternidade. Assim seja.

Cristo amigo do homem

A Nova Lei é também denominada lei de amor, porque ela leva a agir pelo amor infundido pelo Espírito Santo e não pelo temor; uma lei de graça, por conferir a força da graça para agir por meio da fé e dos sacramentos; uma lei de liberdade, pois nos liberta das observância rituais e jurídicas da Antiga Lei, nos inclina a agir espontaneamente sob o impulso da caridade, enfim, nos faz passar do estado de servo, não sabe o que seu senhor faz", para o de amigo de Cristo, "porque tudo o que eu ouvi de meu Pai eu vos dei a conhecer (Jo 15,15), ou ainda para o de filho-herdeiro

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Intimidade entre Deus e a criatura

Ao designar a Deus com o nome de "Pai", a linguagem da fé indica principalmente dois aspectos: que Deus é origem primeira de tudo autoridade transcendente, e que ao mesmo tempo é bondade e solicitude de amor para todos os seus filhos. Esta ternura paterna de Deus pode também ser expressa pela imagem da maternidade, que indica mais imanência de Deus, a intimidade entre Deus e sua criatura. A linguagem da fé inspira-se, assim, na experiência humana dos pais (genitores), que são de certo modo os primeiros representantes de Deus para o homem. Mas esta experiência humana ensina também que os pais humanos são falíveis e que podem desfigurar o rosto da paternidade e da maternidade. Convém então lembrar que Deus transcende a distinção humana dos sexos. Ele não é nem homem nem mulher, é Deus. Transcende também a paternidade e a maternidade humanas embora seja a sua origem e a medida: ninguém é pai como Deus o é.

Filho de Deus, no Antigo Testamento, é um título aos anjos, ao povo da Eleição, aos filhos de Israel e a seus reis. Significa então uma filiação adotiva que estabelece entre Deus e sua criatura relações de uma intimidade especial. Quando o Rei-Messias prometido é chamado "filho de Deus", isso não implica necessariamente, segundo o sentido literal desses textos, que ele ultrapasse o nível humano. Os que designaram Jesus como Messias de Israel talvez não tenham tido a intenção de dizer mais do que isto.
Os eremitas mostram a cada um este aspecto interior do mistério da Igreja, que é a intimidade pessoal com Cristo. Escondida aos olhos dos homens, a vida do eremita é pregação silenciosa daquele ao qual entregou sua vida, pois é tudo para Ele. É um chamado peculiar a encontrar no deserto, precisamente no combate espiritual, a glória do Crucificado.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O Evangelho de hoje!

Sábado da 6a semana do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Marcos 9,2-13.
Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, só a eles, a um monte elevado. E transfigurou-se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma da terra as poderia branquear assim. Apareceu-lhes Elias, juntamente com Moisés, e ambos falavam com Ele. Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Mestre, bom é estarmos aqui; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias.» Não sabia que dizer, pois estavam assombrados. Formou-se, então, uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado. Escutai-o.» De repente, olhando em redor, já não viram ninguém, a não ser só Jesus, com eles. Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos. Eles guardaram a recomendação, discutindo uns com os outros o que seria ressuscitar de entre os mortos. E fizeram-lhe esta pergunta: «Porque afirmam os doutores da Lei que primeiro há-de vir Elias?» Jesus respondeu-lhes: «Sim; Elias, vindo primeiro, restabelecerá todas as coisas; porém, não dizem as Escrituras que o Filho do Homem tem de padecer muito e ser desprezado? Pois bem, digo-vos que Elias já veio e fizeram dele tudo o que quiseram, conforme está escrito.»
Palavra da salvação!
Glória a vós Senhor!
Leia também:
Carta aos Hebreus 11,1-7.
Livro de Salmos 145(144),2-3.4-5.10-11.

A IGREJA E O CARNAVAL

Popularmente se ouviu falar que o carnaval cresceu dentro da Igreja e que agora já é difícil conciliá-lo com a fé cristã. Em partes, é verdade. O próprio papa Paulo II,no séc. XV, foi um forte propagador do carnaval, chegando a autorizar a festa em frente da sua residência como palco do carnaval romano. Ele introduziu também o baile de máscaras que fez sucesso por vários séculos e ainda hoje é muito característico em Veneza e em nossas escolas de samba. Esta festa, por ser um período de divertimento, com seu auge nos três dias que precedem a quartafeira de Cinzas, assume um caráter “mundano” em oposição ao religioso que está prestes a iniciar. A origem do nome vem da expressão “carne vale”, isto é, o exagero em comer, dançar e se divertir, justificado pelo fato de se entrar num longo período de abstinência e contrição.
A Igreja não é contra o carnaval e muito menos exigente que seus fiéis participem das festividades, mas, como disse Paulo:
“Tudo é permitido, mas nem tudo convém... Nem tudo edifica” (cf. Cor 10,23).

Fonte Mundo Jovem

A consagração do mundo pelo apostolado dos leigos

O supremo e eterno sacerdote Cristo Jesus, querendo também por meio dos leigos continuar o Seu testemunho e serviço, vivifica-o pelo Seu Espírito e sem cessar os incita a toda a obra boa e perfeita. E assim, àqueles que Intimamente associou à própria vida e missão, concedeu também participação no seu múnus sacerdotal, a fim de que exerçam um culto espiritual, para glória de Deus e salvação dos homens. Por esta razão, os leigos, enquanto consagrados a Cristo e ungidos no Espírito Santo, têm uma vocação admirável e são instruidos para que os frutos do Espírito se multipliquem neles cada vez mais abundantemente. Pois todos os seus trabalhos, orações e empreendimentos apostólicos, a vida conjugal e familiar, o trabalho de cada dia, o descanso do espírito e do corpo, se forem feitos no Espírito, e as próprias incomodidades da vida, suportadas com paciência, se tornam em outros tantos sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo (cfr. 1 Ped. 2,5); sacrifícios estes que são piedosamente oferecidos ao Pai, juntamente com a oblação do corpo do Senhor, na celebração da Eucaristia. E deste modo, os leigos, agindo em toda a parte santamente, como adoradores, consagram a Deus o próprio mundo.

Conceito e vocação do leigo na Igreja

Por leigos entendem-se aqui todos os cristãos que não são membros da sagrada Ordem ou do estado religioso reconhecido pela Igreja, isto é, os fiéis que, incorporados em Cristo pelo Baptismo, constituídos em Povo de Deus e tornados participantes, a seu modo, da função sacerdotal, profética e real de Cristo, exercem, pela parte que lhes toca, a missão de todo o Povo cristão na Igreja se no mundo.
É própria e peculiar dos leigos a característica secular. Com efeito, os membros da sagrada Ordem, ainda que algumas vezes possam tratar de assuntos seculares, exercendo mesmo uma profissão profana, contudo, em razão da sua vocação específica, destinam-se sobretudo e expressamente ao sagrado ministério; enquanto que os religiosos, no seu estado, dão magnífico e privilegiado testemunho de que se não pode transfigurar o mundo e oferecê-lo a Deus sem o espírito das bem-aventuranças. Por vocação própria, compete aos leigos procurar o Reino de Deus tratando das realidades temporais e ordenando-as segundo Deus. Vivem no mundo, isto é, em toda e qualquer ocupação e actividade terrena, e nas condições ordinárias da vida familiar e social, com as quais é como que tecida a sua existência. São chamados por Deus para que, aí, exercendo o seu próprio ofício, guiados pelo espírito evangélico, concorram para a santificação do mundo a partir de dentro, como o fermento, e deste modo manifestem Cristo aos outros, antes de mais pelo testemunho da própria vida, pela irradiação da sua fé, esperança e caridade. Portanto, a eles compete especialmente, iluminar e ordenar de tal modo as realidades temporais, a que estão estreitamente ligados, que elas sejam sempre feitas segundo Cristo e progridam e glorifiquem o Criador e Redentor.
Fonte: Lumen Gentium

Reze conosco!

Santa Maria, Mãe de Deus,Vós destes ao mundo a luz verdadeira,Jesus, vosso Filho – Filho de Deus. Entregastes-Vos completamente ao chamamento de Deus e assim Vos tornastes fonte da bondade que brota d'Ele. Mostrai-nos Jesus. Guiai-nos para Ele. Ensinai-nos a conhecê-Lo e a amá-Lo, para podermos também nós tornar-nos capazes de verdadeiro amor e de ser fontes de água viva no meio de um mundo sequioso.
Amém!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Dar a vida pelos amigos

Ao abraçar em seu coração humano o amor do Pai pelos homens, Jesus "amou-os até o fim" (Jo 13,11), "pois ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos" (Jo 15,13). Assim, no sofrimento e na morte, sua humanidade se tornou o instrumento livre e perfeito de seu amor divino, que quer a salvação dos homens. Com efeito, aceitou livremente sua Paixão e sua Morte por amor de seu Pai e dos homens, que o Pai quer salvar: "Ninguém me tira a vida, mas eu a dou livremente" (Jo 10,18). Daí a liberdade soberana do Filho de Deus quando Ele mesmo vai ao encontro da morte.

Homem é unidade de corpo e espírito

A Igreja defenderá sempre a ciência «em sua legítima aspiração a indagar o imenso mistério do Criador» para que possa estar «cada vez melhor em um ambiente ao serviço do homem e à medida do homem».Foi o que disse nesta manhã Dom Rino Fisichella, presidente da Academia Pontifícia para a Vida, durante a conferência de abertura do congresso «As novas fronteiras da ética e o risco da eugenia», que se realiza até amanhã na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano.O evento contou com a presença de 400 participantes de diferentes lugares do mundo, tanto leigos como religioso especialistas e pesquisadores do campo científico e teológico. Dom Fisichella destacou os novos avanços da ciência, especialmente a descoberta do genoma humano, fato ao que se referiram diversos expositores durante este evento acadêmico, e graças ao qual se obtém «o conhecimento de diversas tipologias de enfermidades e, frequentemente, se oferece a possibilidade de superar as patologias hereditárias».No entanto, o prelado advertiu que «nem tudo o que é cientificamente e tecnicamente possível é igualmente lícito» e que os novos avanços científicos necessitam «confrontar-se com outras ciências às quais se lhes confia a responsabilidade de verificar o limite e a instância objetiva ética que os sustentam».O presidente da Pontifícia Academia para a Vida assegurou também que o homem só será feliz na medida em que participe da construção da existência pessoal e social sem substituir nunca a Deus.Por isso, advertiu dos perigos de uma redução do homem apenas ao campo biológico e de ter uma fé cega apenas nos avanços científicos.Realçou ademais que justamente nessa avidez por querer explicar tudo a partir da ciência, o homem se sente equivocadamente com poder para manipular a genética, um fato que «se esconde sob a máscara do rosto consolador de quem gostaria de melhorar fisicamente a espécie humana».Dom Fisichella assinalou que o homem pode diferenciar-se de outras criaturas porque nele «permanecerá sempre um ser pessoal, livre, consciente de sua dignidade, capaz de amar», características que «não podem ser quantificadas em um processo de identificação material».Por isso, destacou a importância de que o homem tenha uma concepção unitária, dizendo que o corpo «não esgota a globalidade da pessoa».Enfatizou a dimensão espiritual do homem, que sempre deve-se ter em conta para alcançar essa visão unitária. Afirmou que o «fato de que seja menos perceptível não tira nada a sua realidade».Mas advertiu que não por isso o ser humano deve reduzir-se unicamente a sua parte espiritual: «se o homem ambiciona ser somente espírito e quer rechaçar a carne como uma herança unicamente animal, então espírito e corpo perdem sua dignidade», e destacou a necessidade de mirar sempre as duas realidades, tanto a biológica como a espiritual.Assim, o prelado assegurou que, como fruto das pesquisas científicas, as conquistas neste campo pertencem ao «progresso genético que parece não ter limites». Assinalou que é necessário deixar às novas gerações «uma riqueza de cultura que considera a natureza como patrimônio comum, que não pode ser destruído, com leis que todos devem reconhecer e acolher antes que sejam reformuladas em fórmulas químicas ou em sistemas jurídicos.

Sobre o Evangelho de hoje

Tome a sua cruz e siga-Me! O Senhor foi entregue aos que O odeiam. Para insultar a sua dignidade real, obrigam-No a transportar Ele próprio o instrumento do Seu suplício. Assim se cumpria o oráculo do profeta Isaías: «Ele recebeu sobre os Seus ombros a insígnia do poder» (Is 9,5). Transportar assim a cruz, aquela cruz que Ele iria transformar em ceptro da Sua força, era certamente, aos olhos dos ímpios, um grande motivo de zombaria, mas para os fiéis foi um mistério espantoso: o glorioso vencedor do demónio, o todo-poderoso adversário das forças do mal, exibia aos Seus ombros, para adoração de todos os povos e com uma paciência invencível, o troféu da Sua vitória, o sinal da salvação. E através da imagem que Ele dá com este gesto, dir-se-ia que queria fortalecer todos aqueles que O imitarão, todos aqueles a quem dissera: «Aquele que não toma a sua cruz e não Me segue não é digno de Mim» (Mt 10,30).Como a multidão acompanhasse Jesus até ao local do suplício, encontraram um certo Simão de Cirene e fizeram passar a cruz dos ombros do Senhor para os seus. Este gesto prefigurava a fé das nações, para quem a cruz de Cristo iria tornar-se, não um opróbrio, mas uma glória.

São Leão Magno (? – c. 461), Papa e Doutor da Igreja

Carnaval em São Paulo do Potengi com a família Obra de Maria


A importância de escutar

A escuta é um dos belos dons que Deus nos deu, mas requer despreendimento de nossas experiências, vivencias e preconceitos. Escutar depende do movimento em direção ao encontro do outro, deixar que esse outro fale sem julgamentos acolhendo a sua experiência.
Jesus tinha uma sensibilidade incrível, Ele percebia a necessidade do outro, mas sempre antes de realizar os milagres perguntava: O que queres que eu te faça? Ele parava para escutar.
Quantas vezes nos antecipamos achando que já sabemos o que o outro irá pensar ou dizer e nem sequer nos damos a oportunidade para escutá-lo. Fazemos uma pergunta e logo em seguida da resposta do outro já temos um novo argumento para defender-nos. Nem sequer escutamos a resposta de nossa pergunta.
Na atualidade precisamos exercitar a prática da paciência para escutar o outro. " Um dia uma irmã de comunidade tirou as minhas roupas do varal quando peguei achei que as roupas estavam ainda úmidas fiquei chateada demais!
Quando me encontrei com a irmã fui logo brigando: Por que você tirou as minhas roupas do varal? Você não me respeita...
Nem dei tempo para escutar a resposta da minha perguna inicial. Depois que estava mais calma, no outro dia, ela veio dizer-me que tirou porque achava que ia chover". Hoje percebo que na vida temos que parar para escutar, pois podemos supreender-nos.


Ana Carolina Aguiar
Membro Consagrada para Sempre na Comunidade Obra de Maria

20 de fevereiro é dia do Beato Francisco Marto vidente de Fátima

Francisco, nascido numa povoação chamada Aljustrel, pertencente à paróquia de Fátima, em Portugal, no dia 11 de Junho de 1908, era filho de Manuel Pedro Marto e de Olímpia de Jesus Marto, modestos agricultores e bons cristãos; no dia 20 do mesmo mês, recebido o baptismo, tornou-se membro do povo da nova aliança. De carácter dócil e condescendente, recebeu com fruto a boa educação que os pais lhe deram. Em casa, começou a conhecer e a amar a Deus, a rezar, a participar nas sagradas funções paroquiais, a ajudar o próximo necessitado, a ser sincero, justo, obediente e diligente. Viveu em paz com todos, quer adultos quer da mesma idade. Não se irritava quando o contrariavam e nos jogos não encontrava dificuldades em se adequar à vontade dos outros. Era sensível à beleza da natureza, que contemplava com sensibilidade e admiração; deleitava-se com a solidão dos montes e ficava extasiado perante o nascer e pôr do sol. Chamava ao sol «candeia de Nosso Senhor» e enchia-se de alegria ao aparecerem as estrelas que designava «candeias dos Anjos». Era de tal inocência que dizia que ao chegar ao céu havia de colocar azeite na candeia da Virgem Maria. Logo que pôde, quando atingiu a idade de cerca de seis anos, foi-lhe confiada a guarda do rebanho, que diariamente pastoreava; segundo o costume, saía de manhã cedo com a sacola levando o alimento e a flauta, com a qual se divertia, e tornava a casa ao pôr do sol. Muitas vezes era acompanhado pela irmãzinha Jacinta e ambos se reuniam com a prima Lúcia de Jesus dos Santos, que guardava também as suas ovelhas. Estas crianças declararam ter visto três vezes um anjo no ano de 1916. Este acontecimento inesperado e imprevisto constitui para Francisco o início duma experiência espiritual mais generosa, mais eficaz e mais intensa de dia para dia. De repente começou a tornar-se mais piedoso e taciturno; recitava frequentemente a oração ensinada pelo anjo; estava disposto a oferecer sacrifícios pela salvação dos que não acreditam, não esperam e não amam. Do dia 13 de Maio até ao dia 13 de Outubro de 1917, algumas vezes, juntamente com a Jacinta e a Lúcia, foi-lhe concedido o privilégio de ver a Virgem Maria na Cova da Iria. A partir daí, inflamado cada vez mais no amor a Deus e às almas, tinha uma só aspiração: rezar e sofrer de acordo com o pedido da Virgem Maria. Se extraordinária foi a medida da benignidade divina para com ele, extraordinária foi também a maneira como ele quis corresponder à graça divina na alegria, no fervor, e na constância. Não se limitou apenas a ser como que um mensageiro do anúncio, da penitência e da oração, mas, mais do que isso, com todas as suas forças, conformou a sua vida com a mensagem que ele anunciou mais com a bondade das obras do que com palavras. Costumava dizer: «Que belo é Deus, que belo! mas está triste por causa dos pecados dos homens. Eu quero consolá-lo, quero sofrer por seu amor». Manteve este propósito até ao fim. Durante as aparições suportou com espírito inalterável e com admirável fortaleza as más interpretações, as injúrias, as perseguições e mesmo alguns dias de prisão. Resistiu respeitosa e fortemente à autoridade local que tudo tentou para conhecer o «segredo» revelado pela Virgem Santíssima às três crianças, infundindo coragem simultaneamente à irmã e à prima. Todas as vezes que o ameaçavam com a morte respondia: «se nos matarem não importa: vamos para o céu». Já antes das aparições rezava, porém depois, movido por um espírito de fé mais vivo e amadurecido, tomou consciência de ser chamado e de se entregar zelosa e constantemente ao dever de rezar segundo as intenções da Virgem Maria. Procurava o silêncio e a solidão para mergulhar totalmente na contemplação e no diálogo com Deus. Participava na missa dos dias festivos e quando podia também nos feriais. Nutriu uma especial devoção à Eucaristia e passava muito tempo na igreja, adorando o Sacramento do altar a que chama «Jesus escondido». Recitava diariamente os quinze mistérios do Rosário e muitas vezes mais, a fim de satisfazer o desejo da Virgem; para isso gostava de juntar orações e jaculatórias, que tinha aprendido no catecismo e que o Anjo, a Virgem Santíssima e piedosos sacerdotes lhe tinham ensinado. Rezava para consolar a Deus, para honrar a Mãe do Senhor, que muito amava, para ser útil às almas que expiam as penas no fogo do purgatório, para auxiliar o Sumo Pontífice no seu importante múnus de pastor universal; rezava pelas necessidades do mundo transtornado pelo pecado; rezava pela Igreja e pela salvação eterna das almas. Rezava sozinho, com os familiares, com os peregrinos, manifestando um profundo recolhimento interior e uma confiança segura na bondade divina. Como tivesse sabido da Virgem Maria que a sua vida iria ser breve, passava os dias na ardente expectativa de entrar no céu. E de facto tal expectativa não foi longa. Com efeito, apesar de ser robusto e de gozar de boa saúde, em Outubro do ano de 1918 foi atingido pela grave epidemia bronco-pulmonar chamada «espanhola». Do leito em que caiu não chegou a levantar-se; pelo contrário, no ano de 1919, o seu estado de saúde agravou-se. Sofreu, com íntima alegria, a sua enfermidade e as suas enormes dores, em oblação a Deus. À Lúcia que lhe perguntava se sofria, respondeu: «Bastante, mas não me importa. Sofro para consolar Nosso Senhor e em breve irei para o céu». No dia 2 de Abril, recebeu santamente o sacramento da Penitência e no dia seguinte foi finalmente alimentado com o Corpo de Cristo, como Santo Viático. Ao despedir-se dos presentes prometeu rezar por eles no céu. Entrou piedosamente na vida eterna, que veementemente desejara, no dia 4 de Abril de 1919. Foi sepultado no cemitério de Fátima, mas depois as suas relíquias foram transladadas para o Santuário, que entretanto fora construído onde a Virgem aparecera.

Beato Francisco Marto, rogai por nós!

20 de fevereiro dia da Beata Jacinta Marto, vidente de Fátima

Jacinta, a sétima filha do casal Manuel Pedro Marto e Olímpia de Jesus dos Santos, nasceu no lugar de Aljustrel, paróquia de Fátima, no dia 11 de Março de 1910. No dia 19 do mesmo mês recebeu a graça do Baptismo. Os seus pais, que eram humildes agricultores e piedosos cristãos, deram-lhe uma sã educação moral e religiosa. Desde tenra idade mostrou o gosto pela oração, a preocupação pelas verdades da fé, prudência na escolha das amizades e um sereno espírito de obediência. De índole vivaz, expansiva e alegre, gostava de brincar e bailar; cativava a simpatia dos outros, se bem que tivesse certa inclinação a dominar e a não ser contrariada tanto que facilmente amuava e era ciosa do que lhe pertencia. Todavia, depois mudou completamente e tornou-se um modelo esplêndido de humildade, de mortificação e de generosidade. Logo que pôde, começou a trabalhar; em particular foi encarregada de acompanhar o irmão Francisco, um pouco mais velho do que ela, no pastoreio do rebanho. Ambos gostavam de se juntar com a prima Lúcia de Jesus dos Santos, que era também pastora de ovelhas. Deste modo as três crianças, unidas por uma grande amizade, passavam o dia inteiro nesta actividade, que, apesar de custosa, eles executavam diligentemente e com prazer, porque lhes deixava tempo para brincar e para rezar e lhes permitia usufruir das belezas da natureza. O que inesperadamente lhes mudou a vida, deu-se no ano de 1916: eles disseram ter visto três vezes um anjo que os exortava a rezar e a fazer penitência pela remissão dos pecados e para obter a conversão dos pecadores. A partir deste momento; a pequena Jacinta aproveitava todas as ocasiões para fazer o que o anjo lhe pedira. Desde o dia 13 de Maio até ao dia 13 de Outubro de 1917, juntamente com Francisco e Lúcia, teve o privilégio de ver várias vezes a Virgem Maria no lugar chamado Cova da Iria, perto de Fátima. Cheia de alegria e gratidão pelo dom recebido, quis imediatamente responder com todas as forças à exortação da Virgem Maria que lhes pedia orações e sacrifícios em reparação dos pecados que ofendem a Deus e o Imaculado Coração de Maria e pela conversão dos pecadores. Ao mesmo tempo dócil à acção da graça, separou-se das coisas terrenas, a fim de se voltar para as coisas celestes e voluntariamente consagrou a sua vida para entrar um dia no paraíso. Estava constantemente mergulhada na contemplação de Deus, em colóquio íntimo com Ele. Procurava o silêncio e a solidão e de noite levantava-se da cama para rezar e livremente expressar o seu amor ao Senhor. Em pouco tempo, a sua vida interior se notabilizou por uma grande fé e por uma enorme caridade. A propósito disto dizia: «Gosto tanto de Nosso Senhor! Por vezes julgo ter um fogo no peito, mas que não me queima». Gostava muito de contemplar Cristo Crucificado e comovia-se até às lágrimas ao ouvir a narração da Paixão. Então afirmava já não querer cometer pecados para não fazer sofrer Jesus. Alimentou uma ardente devoção à Eucaristia, que visitava frequentemente e durante longo tempo na igreja paroquial, escondendo-se no púlpito, onde ninguém a pudesse ver e distrair. Desejava alimentar-se do Corpo de Cristo mas isso não lhe foi permitido por causa da idade. Encontrava contudo consolação na comunhão espiritual. De igual modo honrou a Virgem Maria, com um amor terno, filial e alegre e constantemente correspondeu às suas palavras e desejos; muitas vezes honrava-a com a recitação do rosário e com piedosas jaculatórias. O seu desejo de sofrer tornou-se mais notório durante a longa e grave doença que a atingiu a partir de Outubro do ano de 1918. Contaminada pela epidemia bronco-pulmonar, a que chamavam «espanhola», o seu estado de saúde agravou-se a pouco e pouco, de tal forma que teve de suportar a ideia de ter de ser operada. Sabendo que lhe restava pouco tempo de vida, multiplicou os sacrifícios, as penitências e as privações de forma a cooperar até ao máximo das suas possibilidades na obra da Redenção. Porém, o que lhe custou mais foi o ter de deixar a família a fim de ser tratada num hospital. Prevendo morrer sozinha, isto é, longe dos seus queridos familiares, disse: «Ó meu Jesus, agora podes converter muitos pecadores, porque este sacrifício é muito grande!». No dia 20 de Fevereiro do ano de 1920 pediu os Sacramentos. Apenas recebeu o Sacramento da Penitência: consciente de estar próxima da morte, pediu o Sagrado Viático, mas o sacerdote, não obstante as suas insistências, adiou-o para o dia seguinte. Naquele mesmo dia à noite, longe dos pais e dos conhecidos, morreu no hospital de Lisboa, onde desde há algum tempo se encontrava internada. Alcançara finalmente a meta dos seus desejos: a vida eterna.
Beata Jacinta, Rogai por nós!