quarta-feira, 17 de junho de 2009

Secretário da CNBB lembra trabalho do padre Gisley para acabar com a violência contra os jovens

Após a missa de corpo presente do padre Gisley Azevedo Gomes, 31, na tarde de hoje, 17, aconteceu uma coletiva de imprensa na paróquia Santa Cruz e Santa Edwiges com a participação do secretario geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa; do provincial da Congregação dos Sagrados Estigmas, padre Eriberto Xavier dos Santos, e dos três advogados da CNBB.

Dom Dimas ressaltou o trabalho e o empenho do padre Gisley na luta e preservação dos direitos dos jovens brasileiros. “O padre Gisley tinha uma preocupação com o extermínio dos jovens. Por isso o trabalho dele era essencial e era admirado e respeitado por todos. Lamentamos profundamente que ele tenha sido vítima da violência em cujo combate tanto se empenhou. Este fato doloroso (o crime) nos fortalecerá na busca de justiça e nos comprometerá na causa do não extermínio dos nossos jovens, no combate à violência por um mundo novo, em favor da paz e da dignidade da pessoa humana”, afirmou.

Segundo dom Dimas, o assassinato do padre Gisley, de certa forma, antecipa o anúncio da Campanha Nacional contra o extermínio da juventude, que estava sendo organizada pelas Pastorais da Juventude do Brasil, sob a coordenação do padre, que era assessor do Setor Juventude da CNBB. A campanha tem como tema “Juventude em marcha contra a violência”.

O secretário da CNBB elogiou a polícia do Distrito Federal que prendeu os criminosos e encontrou o corpo em pouco mais 24 horas. “Não estamos acostumados com essa agilidade, mas praticamente solucionar o caso em 24 horas é algo louvável, por isso eu gostaria de parabenizar a Polícia por toda a sua presteza, dedicação e empenho em elucidar esse caso que é tão marcante para nós”, disse o secretário.

Para o provincial Estigmatino, padre Eriberto Xavier dos Santos, a morte do padre Gisley foi uma perda muito grande para a Igreja, para a Congregação e para o Brasil. “As ações dele [Gisley] foram importantes para a Pastoral da Juventude. Os jovens que perderam um grande aliado”, disse o provincial. “Sempre vi o padre Gisley como um idealizador de uma sociedade nova. Ele deu a sua vida em nome e respeito à juventude, algo que ele sempre amou. Com o meu coração triste tenho que agradecer a ele por tudo que fez pelos jovens e por nossa Congregação”, acentuou.

O Advogado da CNBB, Felipe Magalhães, explicou aos jornalistas todo o procedimento técnico da apuração do crime, desde o desaparecimento do padre até a prisão dos envolvidos no latrocínio [roubo seguido de morte]. “A nossa missão é acompanhar o caso e intervir para que os indiciados sejam julgados da forma mais clara da lei e punidos, pois um crime dessa natureza não pode se passar em branco. Chega de violência nesse pais”, afirmou.


Fonte: CNBB

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