quinta-feira, 2 de abril de 2009

“O que falta em nossas orações é a firmeza da fé”.

O senhor é minha rocha (Sl 17).
Este salmo, bastante comprido, 51 versículos, nos leva a fazer um passeio espiritual através dos tempos e da vida do povo de Israel que se encontra perseguido por tantos inimigos. Para manifestar a presença de Deus, é bom termos presentes vários símbolos que são familiares para o homem de Israel: Montanhas, rochedos, pedras que são sinais de força inabalável.
Os símbolos pelo salmista são os seguintes: “Rocha, rochedo, libertador, raios, refúgio, vento, fogo, escudo, baluarte...”. São imagem que recordam a força e a firmeza. O rochedo na pode ser destruído com facilidade. O mesmo Jesus nos convida a construirmos não sobre a areia movediça, que não se consente permanecer firma, mas na rocha viva. A rocha é o mesmo Senhor, todos os que constroem no Cristo, palavra viva, têm a certeza de que nada poderá abalar. Não é o simples conhecimento da palavra de Deus que nos faz santos e felizes, mas a vivência da palavra. O salmista nos recorda como ele se comporta diante das dificuldades que vai encontrando no seu dia a dia, quando a angústia se faz forte e , como onda brava ruge contra ele e tenta afogá-lo; Aí ele se lembra do Senhor da vida. “Na minha angústia, invoquei o Senhor, gritei para o meu Deus: Do seu templo ele ouviu a minha voz, e o meu clamor em sua presença chegou ao seus ouvidos” (Sl 17,7). E Deus não se fez de rogado para os que o invocam, ele se manifesta e se apressa em vim em sua ajuda. O que falta nas nossas orações é a firmeza da fé. Pedimos, mas ao mesmo tempo duvidamos que seremos ouvidos; gritamos, mas não temos a certeza se Deus terá tempo para nos escutar. Sofremos, mas não sabemos se o Senhor virá em nosso socorro. Não é assim no salmista e nos homens e mulheres que de verdade vivem da fé pura, eles sabem que no mesmo momento que pedem, recebem e quando não recebem sabem aceitar as demoras de Deus. Ele pode ferir, mas traz sempre uma cura maravilhosa para nossa descrença. Ao longo dos salmos nos é recordada a fidelidade de Deus que faz o que promete e por isso nos doa a verdadeira salvação e vida. Nada poderá abalar e derrubar os que confiam no Senhor, nem inimigos, nem as tempestades, nem as guerras, nem a doença, porque o Senhor sempre cobre com sua sobra os que ele ama. Este salmo exige uma leitura atenta, meditativa, afinal são 51 versículos que formam uma belíssima sinfonia feita de contraste e de formas adversas, mas sempre a vitória será de Deus que é amor. Diante das maravilhas que o Senhor opera não resta outra coisa a não ser dizer: “Por isso vos louvarei, ó Senhor, entre as nações e celebrarei o vosso nome”(Sl 17,50). É assim a nossa vida. Lutas, sofrimento, alegrias, mas devemos sempre ter os olhos fixos na vitória final que é o encontro da bondade de Deus e da nossa cooperação.

Maria Pereira.
Membro Consagrada da Comunidade Obra de Maria

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