quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Pétalas de uma Rosa chamada Teresinha

A santa das mulheres do nosso tempo
No documento sobre a Vida Consagrada, diz João Paulo: "A mulher é chamada a ser hoje um sinal de ternura de Deus para com o gênero humano" (n. 57) e a revelar à humanidade o rosto materno de Deus. Teresa de Lisieux comunica a sua experiência espiritual com o seu estilo feminino, concreto, direto, cheio de sensibilidade. As suas cartas aos dois missionários são cartas confidenciais, transparentes, sobre as suas idéias, a sua confiança na misericórdia de Deus. É uma mulher que não tem o complexo de inferioridade, que se sente igual aos padres a quem escreve. Quase se pode dizer que foi ela que iniciou a teologia da mulher, que os teólogos nunca tinham tomado muito a sério. Ela revela uma nova maneira de ver a Deus, de olhar a Cristo, de ler a santidade. A sua ternura e o seu amor para com a família revelam-nos o coração da mulher. Segundo ela mesmo o diz, a sua família foi "a terra verdejante no seio da qual a pequena flor desabrochou e cresceu". E de fato, os grandes momentos da sua vida espiritual são ritmados por acontecimentos familiares: a morte da sua mãe, a partida das suas irmãs para o Carmelo, a doença do pai, a eleição da sua irmã, a Madre Inês, como prioresa. Ela viveu intensamente a sua vida consagrada em união profunda com a família, que bem sabia fazer parte da história da sua vocação.

Fonte:A. Torres Neiva, publicado em L'Osservatore Romano, edição portuguesa, n. 38, no dia 20 de setembro de 1997.

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