sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Pétalas de uma Rosa chamada Teresinha

A santa do povo

Teresinha de Jesus é uma das santas mais populares. Depois de Nossa Senhora, ela é, segundo confessa Conrad Maester, a mulher mais querida dos cristãos. O povo conhece-a como Santa Teresinha, nome que ela mesma confessou ser o que mais lhe agradava. Dificilmente se encontra uma igreja que não tenha uma imagem de Santa Teresinha ou uma diocese sem uma igreja ou capela consagrada a ela. Em 1936, 32 igrejas de Lisboa tinham já entronizado Santa Teresinha num dos seus altares. Santa Teresinha é nome escolhido tanto para colégios como para hospitais, para lares como para casas de educação: ela fica bem à frente de qualquer uma destas instituições.

Em Portugal a primeira imagem da beata foi entronizada no Jerônimos, numa edícula da capela do lado da epístola, a 10 de Fevereiro de 1934, onde ainda lá se encontra. Daquela igreja haviam saído, séculos antes, levas sucessivas de missionários.

Sobre a história do culto de Santa Teresinha em Portugal escreveu Pinharanda Gomes um estudo interessante: "Caminhos Portugueses de Santa Teresinha do Menino Jesus", que nos dá pormenores muito interessantes dessa onda teresiana que percorreu Portugal de lés a lés desde que canonizada.

Efetivamente a mensagem de Teresinha de Jesus é uma mensagem para o povo simples. A sua linguagem e a sua doutrina são acessíveis a todos. É a espiritualidade dos pequeninos, em que sobressaem os valores da paternidade de Deus e da confiança das crianças.

Para ela, a santidade é acessível a todos e enquadra-se nos gestos e nos ritos mais simples da vida de todos os dias. As pessoas revêem-se em Teresinha de Jesus como num espelho: a sua própria vida feita de pequenos nadas, de luzes e sombras de cruzes e alegrias. O seu sorriso cheio de paz, a sua adolescência povoada de sonhos, os seus gestos cheios de delicadeza feminina, aproximam Teresinha de toda a gente e todos a sentem ao seu lado. Foi ela, muito antes do Vaticano II, que ensinou ao povo os caminhos da santidade.

Fonte: A. Torres Neiva, publicado em L'Osservatore Romano, edição portuguesa, n. 38, no dia 20 de setembro de 1997.

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